Santiago, dicas práticas.

Voltemos ao malfadado post que estava já escrito e não chegou a ver a luz do dia. Toooodas, mas mesmo todas as dicas sobre Santiago do Chile. Ou pelo menos todas as que eu ainda me lembro. Como chegar à cidade? De comboio ou de autocarro: Vão chegar à mesma zona da cidade em qualquer dos casos uma vez que a estação de comboios e a principal estação de autocarros ficam quase lado a lado na Alameda entre as estações de metro Estaccion Central e Universidade de Santiago. Não testei nenhuma destas alternativas (já que cheguei sempre de avião) mas posso dizer-vos que o comboio não é uma alternativa muito popular enquanto que os autocarros ligam todo o Chile e também os países vizinhos, com imensas alternativas de horários, preços simpáticos, e conforto bastante elevado. Por exemplo, Buenos Aires fica a 24h de Santiago numa viagem incrível que atravessa a Cordilheira dos Andes. De avião: O aeroporto Internacional Arturo Merino Benitez é a porta de entrada mais clássica na cidade para quem vem de fora. Fica a cerca de 20 km do centro da cidade e de lá podem chegar à cidade de três maneiras distintas. De táxi (a mais rápida e mais cara), de transfer (a melhor relação qualidade/preço) ou de transportes públicos (a mais barata e mais demorada). Não cheguei a experimentar o táxi porque os cerca de 30 euros que podia custar a viagem não me atraíram muito. Experimentei uma vez os transportes públicos, existem duas companhias de autocarros que saem a toda a hora para o centro da cidade (os autocarros estão mesmo à saída do terminal, não tem o que enganar), fazendo um percurso um pouco demorado pelos arredores de Santiago e acabam por deixar-vos junto ao metro de Pajaritos ou Los Heroes (linha vermelha), de onde podem aceder ao resto da cidade. Foi bem baratinho (acho que não chegou a três euros) mas depois de cruzar o mundo, mais de uma hora a carregar malas dum lado para o outro, não foi a melhor opção, não voltei a repetir. O serviço de transfers disponibilizado por duas companhias, Transvip e Delfos, é sem dúvida a opção que voltaria a usar. Testei os dois em momentos diferentes e foram idênticos em tudo, serviço e preços, vão aparecer-vos guichets ainda antes de tiraram as malas, escolham a opção que mais vos convém em função do local para onde se dirigem e do número de pessoas. Eles tem várias carrinhas de 9 lugares à espera nas saídas 4 e 5 do terminal e assim que enchem partem em direcção ao centro da cidade e em duas ou três paragens deixam-vos à porta do vosso hotel. Cerca de 8 euros até Santiago-Centro, um pouco mais caro se forem até Providência. A organização da cidade, como se locomover? A sociedade e toda a cidade estão completamente segmentadas e socialmente divididas entre a zona baixa (a oeste do centro) onde vivem as classes mais baixas e onde temos a pior imagem duma cidade Sul Americana, assim como os maiores problemas de segurança, e a zona alta (a este do centro e em direcção aos Andes), onde cresceu uma cidade mais rica – Providência e Las Condes -, mais limpa com uma organização ao estilo Europeu, novos bairros residenciais, centros comerciais, grandes hotéis, multinacionais e embaixadas. O centro colonial e turístico da cidade divide estes dois mundos que vivem lado a lado mas sem grandes misturas. Existem várias opções de transportes urbanos, imensas linhas de autocarros, o metro ou táxis. Durante o dia andem muito a pé, principalmente para conhecer o centro e usem o metro. Podem comprar um bilhete recarregável bip! onde vão adicionando dinheiro que é descontado por cada viagem efectuada, os preços variam conforme o dia da semana e a hora mas nunca será mais de 1 euro. À noite não se aventurem para tão longe a pé, o táxi é uma boa opção, barato para percursos pequenos. A comida? A comida chilena é óptima e bem ao nosso gosto ‘Mediterrâneo’, muito peixe e marisco disponível, não fossem os cerca de 4000 km de costa disponível, e sabores bem familiares da influência hispânica. As empanadas de pino (carne) são uma das especialidades mais famosas e podem encontrá-las em qualquer lado, desde barraquinhas de rua até restaurantes mais fancy. A influência peruana está em todo o lado e há restaurante peruanos em cada esquina, testem o ceviche (primeiro estranha-se depois entranha-se) e bebam muito Pisco Sour.

Às compras?
As ruas fechadas ao trânsito a Norte da Alameda, principalmente entre La Moneda e a Plaza de Armas são o local onde é possível comprar de tudo, há lojas de roupa, de electrónicos, de desporto, de livros, de produtos de beleza, de tralhas genericamente falando, mas tudo com um ar de pouca qualidade, no entanto barato. Se gostam de pechinchas podem explorar a fundo esta zona, eu pessoalmente não achei que fosse um sítio incrível para comprar nada. A não ser um guarda-chuva num momento de desespero entre um temporal e outro.
Depois existe ainda um outro mundo de compras na zona mais In da cidade onde dois centros comerciais gigantes, Costanera com o seu deck de orbservação no topo já que é a maior torre da América do Sul e Parque Arauto mais ao estilo outlet Americano, com imensos espaços exteriores e ainda uma área imensa dedicada só a marcas de luxo, podem saciar qualquer vontade consumista a preços não tão pechincha. read more

Read more

Dramas da blogosfera.

Tinha um post enooooorme nos rascunhos, com todas as dicas de Santiago, transportes, comidinhas, compras, enfim… Tudo, tudo.Já só me faltavam adicionar as fotografias quando… pufff. Desapareceu.Apetece-me chorar.

Read more

Pregaria Dona Maria.

E aproveitando o clima de regresso do roteiro de Pequenos-almoços, aqui fica mais uma sugestão óptima (se calhar não para o pequeno-almoço) na Baixa do Porto. A Pregaria Dona Maria. É incrível a quantidade de sítios deste tipo que têm aberto recentemente naquela zona, ainda não consegui testar nem metade, mas o caminho faz-se caminhando e portanto aqui fica mais esta sugestão, aprovadíssima. Podem preencher o menu com os vossos pedidos, eu comi um prego ‘de subir a mostarda ao nariz’ e só de pensar nele já me dá fome de novo. Pala além dos pregos há também vários hamburguers e os sumos/limonadas, para além de serem serviços nuns frasquinhos giros, eram óptimos. Se ainda não almoçaram… Bom apetite! A falta de mais fotografias no local dá para ter uma ideia do quão focada eu estive no que realmente interessa, a comida!

Read more

Um pequeno-almoço no meio das bicicletas.

É uma loja de bicicletas, de venda e arranjo, tem um ambiente alternativo, mas serve pequenos-almoços e lanchinhos nas horas vagas. Fica no renovado edifício do Mercado do Bom Sucesso, numa das lojas exteriores, e é uma óptima opção para um pequeno-almoço mais reforçado num fim de manhã de um fim-de-semana mais preguiçoso. O menu que testamos incluía um sumo à escolha, uma torrada com manteiga, uma fatia de bolo, queijinhos, doces e nozes e custou seis euros. Havia outras opões mais simples e o menu conta ainda com tostas e alternativas para um almoço leve ou lanche reforçado. Como brinde ainda podem aproveitar e, entre uma trinca e outra, comprar uma bicicleta e voltar para casa a queimar calorias.          Urban Cicle CaféRua do Bom Sucesso, 18Porto

Read more

A história da ditadura de Pinochet em exposição.

A segunda metade do século XX no Chile é marcada pela ditadura militar (1073-1990)comandada pelo general Augusto Pinochet e iniciada pelo golpe militar de 11 de Setembro de 1973, que levou à queda e morte do Presidente Salvador Allende.
Durante o seu governo foram perseguidos, presos e torturados os opositores ao regime. Em jeito de homenagem, as memórias desses anos negros na história do país estão em exposição no Museu da Memória e dos Direitos Humanos em Santiago, num convite à reflexão sobre os atentados contra a vida e a dignidade ocorridos durante a ditadura militar, para que estes não se repitam mais e para que o respeito pelos Direitos Humanos se torne uma prática permanente. read more

Read more

Viajar sozinhA.

Diz que hoje é o dia Internacional da Mulher e portanto foi a data que eu escolhi para vos contar um pouco do que tem sido a minha experiência de viajar sozinha. Apesar de discordar em muito do que são as batalhas feministas hoje em dia (podia estar aqui a escrever que sou contra as cotas, que acho uma palermice a associação galanteio/assédio e que igualdade me parece uma palavra muito desadequada porque nós não somos iguais aos homens – e isso é óptimo -, mas como não quero ser linchada em praça pública esse tema não estará em discussão hoje), não há como fugir da realidade de que o mundo é ainda hoje um lugar mais perigoso para as mulheres do que para os homens. Mas para mim, combater essa situação não pode passar por ficar em casa, mas sim por ir, ir sempre, até que o mundo se habitue a ver-nos sozinhas. Ou a ver-nos acompanhadas. A ver-nos como nos bem apetecer, e a achar isso normal. Felizmente a minha experiência pessoal foi óptima sempre que viajei sozinha ou com uma amiga, e apenas vivi o reverso da medalha, porque se estarmos sozinhas nos expõe mais ao perigo, também nos torna mais inofensivas aos olhos dos outros e consequentemente mais bem tratadas e ajudadas. Apesar de ter sido num dos locais mais ´fáceis´, viajar sozinha pelo centro da Europa, quando estive a morar na Eslováquia, foi um dos maiores desafios, principalmente porque implicava deslocar-me com duas malas (uma delas gigante) mais casaco, carteira e afins por entre estações, aeroportos, autocarros… E consigo contar pelos dedos das mãos as vezes em que efectivamente fui eu que subi/desci um lance de escadas com tudo às costas. (Aproveito a ocasião para deixar um agradecimento público a moço que me carregou as duas malas por uma escadaria gigante a cima, na estação de comboios de Estugarda. A minha cara de desespero quando chego ao fundo das escadas, varro o horizonte com o olhar à procura dum elevador que não encontrei, levanto o olhos e vejo aqueles degraus todos, devia ser assustadora, mas felizmente havia um alemão simpático que tinha acabado de descer as escadas e voltou a subi-las todas para me ajudar.) Mas como nem tudo são rosas e efectivamente os problemas existem, tenham sempre o máximo cuidado e tomem todas as precauções possíveis, deixo-vos aqui algumas ideias que tento sempre seguir, balanceando-as com o bom senso: (Não adianta ignorar as diferenças de perigo potencial entre um fim de semana no centro da Europa e um mochilão na Índia) – =&0=&=&1=& =&2=&=&1=& =&4=&=&1=& =&6=&

Read more