Valência e o Mediterrâneo.

Apesar de ter ido a Valência no Inverno, não podia deixar de ir espreitar o mar e as suas praias. Já tinha estado há dois anos na zona de Benidorm e Alicante, mesmo ali ao lado, e sem dúvida que as praias são excelentes, e Valência não fica em nada atrás. Tive um bocado de azar com o momento que escolhi para ir até lá, já que foram as únicas pingas de chuva que apanhei na viagem, e por tudo isso, e pela época do ano, estava meio deserto, mas foi suficiente para ver que tem potencial. O metro vai mm até uns 10 minutos de caminhada da Marina Real e depois ainda têm a possibilidade de apanhar o tram de superfície que percorre todas as praias, eu estive apenas no início, mas deu para ver avenidas enormes com palmeiras por todos os lados, um areal gigante e a perder de vista, e um passeio pedonal ao longo das praias para onde viram centenas de cafés e restaurantes que no Verão estão certamente a bombar e cheios de esplanadas. Acabei por entrar no lounge cheio de pinta, mesmo no começo da praia – Marina Beach Club Valencia – para tomar um café con leche na cafeteria exterior e o espaço, o ambiente, os sofás e as espreguiçadeiras faziam antever uns dias de Verão animados. A piscina estava vazia, mas dava ideia de fazer quase uma borda infinita para a água. Desejei muito que fosse Agosto e em vez do café tivesse na mão um cocktail com chapeuzinho. Mas não se pode ter tudo… 🙂 Para que conste, perguntei quanto custava o acesso àquele espaço durante o Verão. Uns míseros 50 euros. Mas dos quais 35 euros são consumíveis na cafeteria, no bar da piscina ou no restaurante, e dá acesso ilimitado ao espaço com acesso directo à praia. Não sei o que conseguiriam comer com 35 euros, mas eu só paguei 2.5 euros pelo que bebi, nunca pior. Deixo-vos com umas fotografias do Inverno, imaginem vocês o Verão.

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Packing to…

…(não é muito difícil de adivinhar, pois não?) Depois de um dia muito atarefado, com auditoria no trabalho, várias horas extra, um momento fitness ao fim do dia – sim, fui experimentar um ginásio, e isso é tão inacreditável que quando souber o que dizer, faço um post sobre o tema! – estou finalmente a fazer a mala porque amanhã é dia de rumar à capital. Para além da bola, espero que o fim de semana tenha algum momento mais cultural ou gastronómico, mas depois prometo que conto tudo. Agora vou só ali morrer que amanhã tenho de madrugar e certamente vou estar toda partida, passei mesmo só para dizer olá e adeus. 

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A comemoração dos 60 anos da CEE e o Brexit | Bruxelas

A União Europeia tem estada debaixo dos holofotes há que tempos e esta semana que começou a a celebração da assinatura do Tratado de Roma tem hoje um momento muito importante (e triste!) com a activação do famoso artigo 50º pela Inglaterra. Vem aí o Brexit, e num tempo em que cada vez deveríamos estar mais unidos, descobrimos que há quem queira seguir um caminho diferente, esperemos que pelo menos se mantenham lado a lado. Já foi há quatro anos que estive em Bruxelas e visitei o Parlamento Europeu, foi o ano em que recebemos o Nobel da Paz e havia alusões a isso em todo o lado. Acho que foi uma ideia interessante do comité Nobel, numa altura em que a UE já começava a dar sinais de não estar muito bem, tentar lembrar-nos do bem mais precioso que conseguimos juntos, a paz na Europa. Essa foi a maior conquista dos últimos sessenta anos, mas há tantas outras (liberdade de circulação, estado social, ou até as dezenas de auto-estradas que temos à nossa volta) que nos fazem lembrar todos os dias como somos uns privilegiados. Sou uma europeísta convicta, a Europa tem em mãos diversas questões como a crise económica e financeira ou a crise dos refugiados para solucionar no futuro e não tenho certezas de nada, nem de qual o caminho que devemos percorrer daqui para a frente, mas estou segura que devemos fazê-lo juntos. E como sou uma optimista convicta também, e acredito que com mais ou menos tropeços o mundo tende a caminhar para a frente e não para trás, espero que este seja o momento do recomeço e da reinvenção, e não o princípio do fim que muitos agoiram.

Deixo-vos com as fotografias da visita que fiz ao ao museu do Parlamento, em Bruxelas, uma boa sugestão caso estejam na capital belga, podem ver mais detalhes sobre as visitas aqui!

                 

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Cuenca, património mundial | Roteiro pelo centro histórico

Hoje, trazemos finalmente à luz, o post prometido com o roteiro para conhecer o centro histórico de Cuenca. Tal como já tinha contado por aqui, um tive apenas uma manhã muito curta para fazer este percurso, mas consegui. Portanto um dia de passeio, mesmo que precisem do início da manhã e do fim da tarde para chegar/regressar, dará para ver tudo nas calmas e aproveitar para curtir a cidade. A proposta de plano começa na Plaza Mayor, que é onde param os autocarros. Este é o centro da zona antiga e certamente vão passar por aqui várias vezes ao longo do dia, para além das suas casinhas coloridas, destacam-se na praça os edifícios da Câmara e a Catedral de Cuenca. De seguida penso que a melhor opção é fazer o pouco de caminhada que falta até ao Bairro do Castelo, a zona mais alta da cidade, enquanto as pernas ainda estão frescas. O bairro tem ainda algum casario no seu interior e as ruínas das muralhas, de onde têm uma vista óptima para os arredores da cidade, para o rio Júcar, e para as famosas Serranias de Cuenca com imensas trilhas e percursos para os amantes da Natureza. (mais detalhes aqui!). É também daqui que podem ver do alto a famosa ponte e convento de San Pablo e as Casas Colgadas – a atracção mais famosa da cidade.          Voltando a descer em direcção à Plaza Mayor podem explorar as ruinhas adjacentes, sem a pressão da subida, a igreja de São Pedro e depois meter pela vielas que vos vão levar à ponte de San Pablo. Aqui preparem-se para fazer disparar os flashes, já que esta é a imagem mais conhecida da cidade e pode render os melhores cliques 🙂 posem as máquinas no chão ou peçam a um turista passageiro, vale tudo para guardar o momento. Quando tiverem o rolo gasto, ou a memória do cartão cheio, é hora de voltar à Plaza Mayor e talvez parar por aqui para umas canãs e tapas, para almoço ou lanche e aproveitar para curtir um pouco o ambiente da cidade. Eu estive por lá num sábado de manhã de inverno e estava tudo “meio desmontado”, mas fiquei com a sensação que todos aqueles cafezinhos tinham a sua esplanada pronta a ser montada na praça. É uma óptima opção.- uma pesquisa rápida no google permite ver a praça cheia de guarda-sóis, não devo fugir muito à verdade.          Para terminar o passeio acabem de explorar a zona mais alta da cidade, na Plaza la Merced, vão até à Torre de Mangana, com ums boa vista para o outro lado – recente – da cidade, e desçam até à colorida Calle Alfonso VIII. A minha sugestão é que vão percorrendo o percurso que faz o autocarro, descendo por esta zona até à Plaza Trinidad, as ruínhas são muito giras, vão encontrar recantos mesmo a pedir uma (ou duas) fotografias e tem a vantagem de ser sempre a descer. Não tem o que enganar, é a rua principal, sempre a descer e o autocarro (linha 1 ou 2) que vos deixou na Plaza Mayor à ida, vai parar na ponte sobre o canal que atravessa o jardim da Plaza Trinidad.          Chegados cá em baixo começa aí a zona baixa da cidade, com imenso comércio e ar de cidade. Eu dei uma volta por lá, se tiverem tempo podem fazer o mesmo, mas sinceramente se já não tiverem tempo nem vontade, não vão perder nada de especial. Abaixo fica o mapa detalhado do percurso sugerido, para todas as informações práticas de transportes e acessos à cidade podem ver este post aqui:

Dicas práticas para um bate-volta a Cuenca

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As cores de Cuenca ou a preguiça que se instala.

Os meus planos para hoje passavam por fazer um roteiro bonitinho com o que não podiam perder numa visita ao centro histórico, património mundial, de Cuenca. Passavam, porque não passam mais, quando a preguiça se instala no dia de uma pessoa, não há nada que a faça desgrudar, e a minha segunda-feira está mesmo assim. O fim-de-semana de chuva já não foi muito produtivo, passei uma série de horas em frente às folhas e à tese e não adiantei nada de jeito. A ver se isto sai de mim que tenho muito que fazer e muito que vos mostrar, por enquanto – e para abrir o apetite – deixo-vos com estas fotografias giras da cidade. Vai valer a pena a espera 🙂

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Dicas práticas para um bate-volta a Cuenca.

Eu fiz este passeio a partir de Valência mas também é uma boa opção de passeio a partir da capital espanhola, ou de qualquer outra zona próxima que estejam a visitar em terras de nuestros hermanos, já que Cuenca fica bem no centro do país e é próxima de muita coisa. Se os Reis de Espanha resolveram lá ir passar a sua lua-de-mel, é porque aquilo vale mesmo a pena, não se vão arrepender. Como chegar? De carro: Fácil, prático e sem grandes falhas, a cidade não é gigante portanto vão lá parar direitinhos mesmo sem GPS. Vindos da zona sul de Madrid têm autoestrada até lá (A-40), a partir de outras direcções as estradas são mais secundárias. De comboio ou autocarro: A estação de autocarros e de comboio ficam quase uma em frente à outra, na zona baixa da cidade, esta zona não tem grande atractivo turístico, é uma cidade espanhola recente com tudo o que isso tem de bom e de mau (não consigo bem perceber como é que eles conseguem combinar centro históricos fantásticos com os arredores mais feios da história, os arquitectos espanhóis desaprenderam com o passar dos séculos, só pode!). Ainda é uma esticada até ao centro histórico, principalmente porque têm de subir até à zona alta da cidade, mas faz-se a pé em meia hora. Caso não estejam com vontade de gastar pernas logo à chegada na rua principal, paralela à estação passam os autocarros (linhas 1 e linha 2, que sobem até à Plaza Mayor)=&1=&

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Cidade das Artes e das Ciências | Valência

A Ciutat de les Arts i les Ciències, em valenciano, é talvez a imagem desta cidade de Valência, o cartão-postal que já viram uma série de vezes. Apesar da cidade não ser de todo, apenas isto, não há dúvida que a construção deste complexo cultural, de entretenimento e ciência, construído no final do século passado mudou a imagem da cidade para melhor. Desenhado por Santiago Calatrava, uma série de edifícios, como o L’Hemisfèric, o Museu de Ciência Príncipe Filipe ou o L’Oceanogràfic, dominam a paisagem por entre o verde do parque circundante e os espelhos de água que rodeiam os edifícios. Há sempre imensas actividades e exposições a decorrer, eu visitei num domingo em que a chuva já tinha ameaçado mas que acabou por ser de um tímido sol e o parque estava cheio de pessoas a passear, a fazer desportos e a curtir o espaço. Não entrei em nenhuma das exposições para as filas em algumas delas eram enormes, não sendo um fim-de-semana especialmente turístico na cidade (pico do Inverno!) assumo que os valencianos aderiram em massa e usufruem do que a cidade tem para lhes dar, e fazem muito bem.          Eu acabei por entrar apenas na loja do Museu da Ciência, que tinha coisa incríveis e onde comprei o mapa mundo que vos mostrei aqui, e passei um bom bocado por aqui. Recomendo a visita, e depois ainda conseguem alguma fotografias mesmo giras! Aceder ao recinto de transportes públicos não é muito fácil, já que a estação de metro mais próxima ainda fica a uns bons 15 minutos de caminhada do local (a recomendada é a Alameda) no entanto há vários autocarros que passam nas imediações. Eu acabei por decidir fazer o percurso todo a pé, vinda da zona das praias e no final indo até ao centro. Foram uns 6 km de caminhada, mas como a cidade é bastante plana acabou por se fazer bem. Mais detalhes sobre as informações de acesso, =&0=&

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Valência e Cuenca – Roteiro entre o Património mundial e o Mediterrâneo.

Apesar das previsões de frio e de chuva, não podia ter corrido melhor o meu fim-de-semana prémio no Inverno Mediterrâneo. Como vos contei aqui, tinha uns prazos importantes da entrega da minha tese a esgotar no início de Fevereiro e nada melhor para me dar ânimo a trabalhar como ver a luz ao fundo do túnel, que é como quem diz, ofereci-me uma viagem a mim própria para o fim-de-semana seguinte. Num dos meus passeios habituais por motores de busca de voos, assim só para ver como param as modas, deparei-me com um voo para Valência, baratinho e de horários perfeitos, pelo que nem pensei duas vezes. Obrigada Ryanair, Espanha aqui vou eu. Não é fácil ir muito longe, nem fazer muita coisa num fim-de-semana normal em que se trabalha à sexta à tarde e à segunda de manhã, principalmente quanto o teu ponto de partida é o Porto, que está na ponta d Europa e vai sendo lentamente abandonado pelos voos regulares. Mas as low cost estão cá para nos salvar e portanto o roteiro para o fim-de-semana ficou mais ou menos assim: =&0=& Voo Porto – Valência à hora de jantar =&1=& Comboio bem cedo Valência – Cuenca Manhã de passeio por Valência Comboio de regresso a Valência no fim de almoço Tarde de passeio pelo centro histórico. =&2=& Passeio pelos praias e marina Cidade das Artes e das Ciências Voo Valência – Porto ao fim da tarde Gostei imenso da viagem, é sempre inacreditável a quantidade de coisas que uma pessoas consegue fazer quando viaja sozinha. Andei quilómetros a fio, ainda consegui fazer algumas comprinhas nos últimos dias de rebajas em Valência. Comi paella, montaditos, bebi umas cañas e vim embora satisfeita. Valeu bem a pena o passeio e nos próximos dias trago-vos todos os detalhes e as imensas fotografias e vídeos que fiz da viagem. Próximos posts: (disponíveis em breve) =&3=& =&4=& =&5=& Valência e o Mediterrâneo, praias e infraestruturas balneares =&7=& =&8=& Vlog a caminho de Cuenca

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Passeios bate-volta nos arredores de Londres!

Depois do roteiro de 3 dias em Londres e de todas as dicas práticas para não perderem o rumo na cidade só faltam algumas sugestões do que conhecer em alguns passeios bate-volta a partir da cidade, caso tenham alguns diazinhos extra por lá. Vai haver sempre muitas outras opções, porque o que não faltam são coisas giras para se conhecer, mas as sugestões que apresento hoje são aquelas que eu já visitei em alguma das viagens que fiz e que portanto recomendo – porque gostei. =&0=& Este é um clássico a partir de Londres, juntamente com o seu “rival” Oxford, que eu ainda não conheço, visitar uma das cidades universitárias mais famosas do mundo é um programa que chama imensos turistas. Eu conheci Cambridge  numa escala gigante no aeroporto de Stansted (que fica a uma meia hora de comboio, mas Londres fica a ser de 1 hora e também é uma opção boa para quem está a passar uns dias na cidade. A atracção principal da cidade são os colleges, em edifícios super antigos e giros, e dispostos ao longo do rio Cam. A melhor maneira de conhecerem a cidade, para além de andar a pé pelo centro é fazer o passeio de barco, a única forma de verem para o “interior” de alguns dos campus. Têm posts mais completos sobre a minha visita à cidade, =&1=& e =&2=&! Vindos de Londres, podem apanhar o comboio em Liverpool Street ou Kings Cross, e os horários disponíveis estão =&3=&! =&4=& A famosa estância balnear do sul de Inglaterra começou por ser uma pequena vila piscatória, e a nobreza apenas a “descobriu” como destino de férias no final do séc XVIII, quando o príncipe mandou construir o Royal Pavillion. Em meados do séc. XIX a chegada do comboio fez aumentar imenso a cidade e democratizá-la como destino de férias, mas só no final desse século a cidade veria o que é ainda hoje o seu ícone mais famoso, o seu pier. As atracções turísticas da cidade não são imensas e hoje em dia é possível fazer um bate-volta de 1 dia de comboio tendo oportunidade e conhecer o Pavilhão Real, passear pelo centro da cidade e ainda aproveitar um pouco a praia. Posso dizer-vos que tomei aqui um banho de mar fantástico, já que a água tem aqueles vinte e poucos graus ideais, mas que ficar esticado ao Sol não é tarefa muito fácil, já que em vez de areia só vão encontrar calhaus, e dos grandes. A partir de Londres podem apanhar o comboio até Brighton na estação de Victoria, há várias operadoras a oferecerem a viagem que dura cerca de 1 hora e podem consultar os horários disponíveis =&5=&=&6=&=&7=&

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Começa hoje mais uma Primavera…

…e isso é particularmente bom já que o Inverno foi terrível para o Benfica.Para além disso, estou particularmente ansiosa por conseguir esticar-me ao Sol, na praia, já que este Inverno rapei um frio dos diabos (o que é meio um contra-senso, já que o Inferno é suposto ser muito quente).Nas últimas semanas andei aflita com dores de costas, ao ponto de parecer uma velha a dormir rodeada de almofadas – que nem na cama estava bem – e este fim de semana quase vi estrelas com as dores de dentes. Portanto toda eu preciso de entrar no espírito da Primavera e melhorar o mood.Os planos, com Sol, até tem outro encanto e a ver se o Lago di Como não será o único passeio da estação. Working on it.E desse lado, planos para receber a Primavera? A Primavera de 2016, nos campos de tulipas de Lisse, na Holanda.

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