Em fevereiro de 2023 decidi ir fazer umas semanas de trabalho remoto na Ásia. Não deixei de aproveitar para tirar também alguns dias de férias e explorar um pouco da região. Um dos países eleitos foi a Indonésia, onde acabei por visitar Java, Bali e as Gili Islands em Lombok. Este não é o meu roteiro, já que intervaleia a viagem com dias de trabalho, mas é a minha proposta otimizada para 10 dias na Indonésia. Espero que seja útil.

Dia 1 – Chegada a Yogyakarta

Yogyakarta não é uma cidade muito turística, mas uma ótima porta de entrada no país, e um bom ponto de partida para visitar a ilha de Java. Apesar de não ter imensos pontos turísticos relevantes, não deixem de explorar o centro da cidade, vale a pena perceber o estilo de vida local. O bairro de Malioboro é a melhor zona onde se podem hospedar e podem atravessar todo o bairro percorrendo a rua principal que começa na estação de Yogyakarta e termina na zona do Palácio Real. Se conseguirem organizar a viagem de forma a chegar durante a manhã, uma tarde está de bom tamanho para explorar a cidade.

Dia 2 – Borobudur

A visita a Borobudur foi a principal razão que me levou a Yogyakarta, e é a razão para a maioria dos viajantes passar por lá. Junto com o templo de Prambanam, são dois dos maiores atrativos da região, por isso sugiro que tentem combinar um passeio que inclua os dois templos. Eu estive apenas em Borobudur, e apesar de não ser mais possível visitar o interior do templo, e subir até às stupas, continua a ser uma visita impressionante. Durante o tempo que passei por lá havia imensas visitas de estudo no local e depressa me tornei uma atração mais importante que o templo em si – o que por si só é toda uma experiência. À saída também comi o melhor fried rice da viagem numa barraquinha das dezenas que se espalham na entrada do parque.

Dia 3 – Mount Bromo

O destino seguinte da viagem será na zona este da ilha onde vão poder explorar os vulcões ativos da ilha. O primeiro é o Monte Bromo, provavelmente o mais conhecido, e realmente imperdível. Para aceder à zona deverão viajar até Surabaya, Malang ou Probolinggo. Eu apanhei um comboio até Surabaya e a partir daí un tranfer que me levou até à base do Monte Bromo. Durante o dia podem visitar o vale onde se encontra o vulcão e subir à sua cratera, mas recomendo que não percam também o na madrugada seguinte a subida às montanhas adjacentes, ver o nascer do sol e a silhueta do Monte Bromo aparecer é inesquecível.

Dia 4 – Vulcão de Ijen

Podem seguir o meu conselho, acordar de madrugada para o nascer do sol com vista para o Monte Bromo e ainda assim estar prontos bem a tempo de voltar à estrada e continuar até à estremidade da ilha. Eu fiquei alojada em Banyuwangi, um bom compromisso entre base para aceder ao Vulcão de Ijen e aceder ao porto de mar de onde saem os ferrys para Bali. É um bom dia para descansar e deitarem-se cedo, já que terão de madrugar de novo no dia seguinte.

Dia 5 – Ubud (Bali)

As visitas ao Vulcão de Ijen começam antes do nascer do sol, a caminhada até ao topo do vulcão ainda é longa, apesar de não muito difícil, e vão apanhar o nascer do sol durante a subida. Chegados lá é todo um mundo à parte, as máscaras de respiração (devido aos gases sulfurosos que o vulcão liberta) são normalmente fornecidos pela agência com quem marcarem o tour e é fácil perceber pelo cheiro quando devem colocá-las ou quando podem tirá-las porque o vento os leva noutra direção. As águas azuis na cratera do vulcão montam um cenário perfeito, e podem facilmente caminhar em redor da cratera. Vão presenciar um dos trabalhos mais difíceis que podem imaginar, o dos mineiros que todos os dias descem à cratera para recolher enxofre e sobem com ele em cestos. Como podem imaginar pela exposição e pelo perigo, estas comunidades tem uma esperança média de vida baixíssima, e na época em que fui até lá a descida estava interdita a turistas por questoes de segurança.

O passeio começa e madrugada, e acaba cedo, pelo que têm tempo para ainda no próprio dia viajar até Bali. O percurso do ferry é feito em cerca de 1 hora e vai ligar-vos à extremidade da ilha, porto de Gilimanuk. A partir daí podem conseguir um transfer ou transportes públicos até às zonas mais turísticas da ilha. Eu fui diretamente para Ubud, que seria a minha base para os dias seguintes.

Dia 6 – Tour em Bali

Tirei um dia inteiro para explorar um pouco da ilha de Bali. Famosa pelas suas praias cheias de surfistas australianos e nightlife, bem como pelas suas tradições hindus e natureza exuberante no interior da ilha, foram as duas últimas que me levaram até lá e portanto este foi o mote para o percurso que realizei.

O dia começou de madrugada, já que a primeira pagarem foi o templo de Lempuyang, famoso pelas suas portas com vista para o vulcão, onde as filas começam bem antes do horário de abertura. Depois de explorar um pouco o templo e ter os meus cinco minutos de fotografias disponíveis, a viagem prosseguiu pelo interior da ilha. Houve oportunidade para parar numa plantação do famoso Poop Coffee, Kopi luwak, parcialmente “digerido” antes de ser tratado e consumido, pelos terraços de arroz imagem de marca do país e pelo Templo da água sagrada de Pura Tirta Empul, onde podem seguir os diferentes passos de purificação nas piscinas públicas e sair de lá de alma lavada. É um dia intenso, que começa bem cedo, percorre vários quilómetros mas que vale o esforço para conhecer o melhor da ilha de Bali.

Dia 7 – Ubud

Este é um dia bem mais calmo, para explorar a cidade de Ubud, alguns dos templos com que se vão cruzando no centro da cidade, visitar a floresta dos macacos e relaxar bastante. Há imensos cafezinhos e restaurantes simpáticos, bem como casas de massagem em cada esquina. Não saiam de Ubud sem experimentar este ritmo de slow living balinesa que atraiu as multidões de ocidentais que se mudaram para cá.

Dia 8 – Travessia para as ilhas Gili

Finalmente o mar e a praia. Há mais que muitas opções para disfrutar da vida costeira nesta região, as praias de Bali são provavelmente as mais conhecidas, mas eu resolvi procurar um pouco mais de sossego e optei por apanhar um barco até às ilhas Gili, já na região de Lombok. Há três Gili, Meno, Air e T, e eu optei por ficar nesta última já que a estrutura é um pouco melhor, mas se se quiserem ligar do mundo a Gili Meno é uma ótima opção. Portanto a manhã foi de viagem e à tarde aproveitei para descansar entre a praia perto do meu hotel e a piscina bem na frente do meu quarto.

Dia 9 – Gili Islands

Apesar de escolherem apenas uma ilha para pernoitar (mais pratico), é muito fácil visitar todas elas num tour de 1 dia. Há imensas opções disponíveis, e se passearem 30 minutos que rua principal unto à praia vão encontrar várias opções. Eu escolhi um tour que inluia paragem em todas as ilhas, momentos de snorkling para ver as tartatugas e as famosas estátuas Bask Nest que estão nesta zona algures debaixo de água. Foi uma ótima forma de aproveitar o mar e o dia. Ao final do dia fui jantar ao mercado de Gili T. Se não pensarem muito nas moscas que lá andam, vão comer ótimas espetadas de peixe e marisco a preços muito simpáticos. São grelhadas mesmo na vossa frente, o fogo mata tudo.

Dia 10 – Partida de Lombok

Última manhã de praia e regresso a casa. Para regressar têm a hipótese de viajar novamente até Bali e sair do aeroporto de Denpasar ou de continuar até Lombok, onde também têm aeroporto internacional. Esta segnda opção é bem mais curta apesar dos voos de ligação não serem tantos.

Espero que as fotografias cumpram a sua função e vos deixem a salivar por uma viagem até à Indonésia. Este roteiro tem bastante de sol e água, de momentos para relaxar e também de imersão cultural e na Natureza exuberante local. Acho uma opção bastante completa e simples de executar para terem um cheirinho do que é a Indonésia.

Possibilidade de conjugar este roteiro com:

(+) O que ver e fazer em Kuala Lumpur

(+) Roteiro em Singapura

(+) Stop-over em Hong Kong

(+) Roteiro de 3 dias em Shanghai

(+) Stop-over no Dubai

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