Category: Atacama
Pueblo de Machuca.
Campo geotermal.
Não percam por nada o banho nas piscinas naturais de água quente, fui a única do meu grupo que se aventurou e não me arrependi nada! Não há sensação melhor do que aquela água quentinha (cerca de 38 graus) com – 5ºC cá fora. Eu sei que vai parecer impossível serem capazes de tirar a roupa, mas não é, elevem já tudo optimizado e verão que aqueles dois ou três minutos que demoram a trocar de roupa não são tão terríveis como parecem à partida. Existem uma cabines no local onde podem trocar de roupa.
O pôr-do-Sol mais bonito da viagem.
A banhos no deserto, Laguna Cejar.
Água no Deserto, as lagunas altiplânicas.
Valle de la Luna y Valle de la Muerte
– Valle de la Luna, vista panorâmica do vale e possibilidade de parar par tirar fotos com as ‘Três Marias’ formação rochosa que actualmente já só possui duas Marias porque a turistada deu cabo da terceira, já não é possível aproximarem-se muito e na famosa Piedra del Coyote, não entrem já em pânico só de olhar para a foto. É verdade que quase tive de arrastar a minha irmã até lá e quilo mete um bocado de respeito… mas é a foto obrigatória do passeio e apesar de ser muito (muito!) alto a pedra onde se sentam é bem larga e mesmo por baixo não está logo ali o precipício, só começa um pouco mais à frente, a ilusão da foto é bem pior. Se não conseguem chegar à ponta de pé, vão de gatas, mas vão, e tirem a foto que podem imprimir em poster na parede da sala!
Logística de uma viagem ao deserto ou como sobreviver no Atacama – Parte #2
A cidade-base para explorar o deserto do Atacama é San Pedro de Atacama. Mas chamar cidade a San Pedro é um pouco demais. Só há muito de três coisas em San Pedro, hostels/hoteis/pensões, cafés/restaurantes e agências de turismo. De resto não há praticamente nada, umas duas ruas empedradas (Caracoles e Toconao) e uma pracinha simpática, um pequeno centro de saúde, uma farmácia, um multibanco e uma mercearia. Por isso não se esqueçam de ir precavidos para lá.
E não sobram muitas opções para lá chegar também:
– Há autocarros que chegam do Sul do Chile, mas se virem bem os kms que separam uma ponta do país da outra, provavelmente passarão um dia fechados no bus
– De avião, que foi como eu lá cheguei, até Calama.
Calama é a “cidade-grande” mais próxima de San Pedro, a cerca de 100 km e tem voos diários a partir de várias cidades no Chile. Um aeroporto pequenino mas com tudo o que faz falta.
Chegados a Calama, têm três formas de chegar a San Pedro:
alugar um carro: a melhor opção se pretendem conhecer o deserto de forma autónoma, porque uma vez chegados a San Pedro o máximo que conseguem alugar é uma bicicleta.
de autocarro: existem autocarros a ligar as duas cidades mas não me informei bem sobre os detalhes
de transfer: a opção que escolhemos por ser mais prática, rápida e eficaz, com uma boa relação qualidade-preço. Muitas agências disponibilizam o serviço, assim como alguns hotéis, optei pela TransVip, uma agência especializada em transfers em todo o Chile e que usei também em Santiago. É possível fazer a reserva pela internet com antecedência ou simplesmente comprar o bilhete no guichet do aeroporto. Cerca de uma hora depois estarão em San Pedro.
Logística de uma viagem ao deserto ou como sobreviver no Atacama – Parte #1
Esta vai ser sem dúvida a mala mais esquizofrénica de toda a vossa existência. Aquele pensamento, ah não levo isto que não deve fazer falta só é válido para uns sapatos de salto e um vestido de festa, porque mesmo que arranjem uma festinha chique onde ir, o caminho em terra batida para lá chegar vai dar cabo de toda a toilette.
Tirando isso precisam meter na mala de tudo um pouco:
– Chinelos, sapatilhas e botas
– Collants, calças e calções
– Tops de alças, camisolas e kispo
– Biquini, toalha, chapéu, gorro, cachecol e luvas
– Primeira camada térmica (meias, calças e camisola)
Claro que eu não precisei de tudo isto, até porque só estive por lá três dias, no Inverno, e as temperaturas variaram entre os 24ºC depois de almoço em San Pedro até -4ºC no campo geotermal de madrugada. Mas a verdade é que podem precisar de qualquer uma destas coisas
A sugestão é que vão vestidos por camadas, porque ao longo do dia e dependendo da altitude dos passeios a temperatura pode variar bastante, desde uns -15ºC a altitudes mais elevadas no Inverno até uns 35ºC a altitudes mais baixas no Verão.
Como podem ver pelas fotos, tomei banho nas lagoas de água salgada, vesti-me de forma quase normal para alguns dos passeios e na última madrugada, em que visitamos o campo geotermal as calças e camisola térmica que comprei na Decathlon foram as minhas melhores amigas, chegou a nevar por lá, não arrisquem.