Rila Monastery.

As festas ficaram já para trás e os dias de boa-vida também, portanto prometo que aos poucos o blogue vai voltar à programação habitual e que vou continuar a pôr em dia os posts das viagens de 2014 ainda em atraso. Para já deixo-vos com a última atracção turística que visitei na Bulgária. No último dia e após a visita à Boyana Church. E daqui segui directa para o aeroporto, de volta à Eslováquia.Situado no sudoeste da Bulgária, pouco mais de 100 km a Sul da capital, Sófia, o Mosteiro Ortodóxo de Rila é uma dos mais famosos pontos turísticos do país.Fundado no século X, é um dos tesouros culturais, históricos e arquitecturais mais importantes da Bulgária, encarado como símbolo da união e resistência do seu povo ao longo dos séculos. Segundo os locais, o facto de se encontrar tão isolado e protegido no interior das montanhas Rila, manteve o verdadeiro espírito búlgaro, mesmo durante as sucessivas invasões e ocupações de que a região foi alvo. Tornou-se Património Mundial da UNESCO em 1983 e os frescos nos seus pátios interiores e a riqueza da igreja, para além da beleza natural do local onde está implantado valem, sem dúvida, a visita valer muito a pena. Mas as fotografias falam por si.Hoje em dia uma parte do mosteiro ainda está a ser usado, vivem actualmente por lá 8 monges, e uma outra zona foi recuperada e é possível hospedarem-se por lá. Na saída traseira do mosteiro existe um conjunto de lojinhas, restaurantes e pequenas infraestruturas para turista. Aconselho-vos a almoçar no restaurante que fica mesmo em cima do riacho (foto em cima) a melhor truta que já provei na vida, segundo o guia são pescadas no próprio riacho quase na hora e era incrivelmente boa. Não foi muito barato para padrões búlgaros (7 ou 8 euros) mas valeu cada cêntimo. 

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Boyana Church.

No meu último dia na Bulgária, fiz um tour de quase um dia a dois dos locais património mundial da UNESCO mais importantes do país e também dos mais visitados. Ambos situados nas montanhas, a igreja de Boyana no maciço de Vitosha nos arredores de Sófia e o mosteiro de Rila nas montanhas Rila bem mais para o sul do país (no próximo post). A primeira paragem foi em Boyana, igreja ortodóxa búlgara, conhecida pelo incríveis frescos que possui no seu interior. A igreja tem três fases de construção distintas, visíveis também no exterior. A construção inicial é do séc. X, a segunda fase de construção é do séc XIII e a última fase é do séc XIX. Em 1259 foram realizados os famosos frescos, que lhe permitiram obter o estatuto de património mundial e que são considerados um dos exemplos mais completos e mais bem conservados de arte medieval da Europa. Infelizmente não era possível fotografar e o controle até das entradas dentro da igreja era bem controlado, tanto em relação ou número de pessoas permitidas dentro da igreja como ao tempo permitido para estar no interior. Num total de 89 cenas, cerca de 240 figuras humanas estão representadas nas paredes da igreja.

 As imagens seguintes não são fotografias minhas, foram encontradas naquele maravilhoso mundo que é o google, mas ficam para terem uma ideia do que encontrarão no interior da Boyana Church.

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Plovdid, os vestígios romanos

Tal como contei no último post, são duas as épocas com vestígios mais marcantes na longa história da cidade de Plovdiv. Para além do renascimento búlgaro (post aqui), o domínio do império romano, em que a cidade foi um dos pontos mais importantes do leste da Europa, sob o nome de Philippopolis. Entre as construções da época que é possível encontrar na cidade encontra-se o Teatro Romano, já restaurado e aberto a visitas (cerca de dois euros por pessoa) e uma enorme Arena que se situa bem por baixo da rua mais movimentada e comercial do centro de Plovdiv, e que hoje em dia alberga eventos de rua ou possibilita uma descansadinha básica numa tarde de compras, já que parte das suas escadarias foi deixada exposta após as escavações e integrada nas ruas da cidade. Foi também localizado o fórum da cidade romana por baixo de uma das maiores praças da cidade e as escavações já se iniciaram, descobri entretanto que um grupo de arquitectos portugueses ganhou o projecto de requalificação da praça, aguardamos ansiosamente para ver o resultado final.    

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Plovdiv, a arquitectura singular do centro histórico.

Plovdiv é actualmente a segunda maior cidade da Bulgária, a duas horas de viagem de Sófia, foi uma escolha fácil quando planeava o que fazer no dia completo que passaria no país. Existem autocarros directos e confortáveis que fazem o percurso a quase todas as horas do dia, por cerca de 14 euros ida e volta. É só chegar à central de autocarros de Sófia, a algumas paragens de tram do centro da cidade, e comprar bilhete para o autocarro seguinte. Simples e fácil, depois de uma viagem de duas horas por auto-estrada estão a parar na estação de autocarros de Plovdiv, e a uma caminhada de 10 min do centro histórico da cidade. Apesar de haver também opção de ligação ferroviária, o percurso é mais longo, mais carro e com menos opções de horário, foi fácil decidir pelo autocarro e aconselho a opção. Plovdiv é a cidade mais antiga da Europa continuamente habitada, e uma das mais antigas do mundo. Estima-se que tenha surgido por volta de 4000 a.c., há cerca de 6000 mil anos atrás. Os vestígios de tão longa história estão presentes nas suas ruas, mas as duas épocas que permanecem mais marcadas na imagem da cidade são o Império Romano (tema para outro post) e Bulgarian Revival Period, também conhecido como renascimento búlgaro. Este período, que teve lugar entre os séculos XVIII e XIX, quando os territórios hoje pertencentes à Bulgária estavam sob a alçada do império Otomano, deixou até aos dias de hoje uma série de construções com uma arquitectura muito própria, que podem ser encontradas numa das colinas que compõe a cidade.

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Roteiro de um dia em Sófia.

No último fim de semana de Setembro, fiz nova esticadinha a partir de Bratislava, desta vez até à Bulgária, onde passei mais três dias non-stop que me permitiram conhecer as duas principais cidades do país e ainda as montanhas Rila e alguns dos seus tesouros mais bem escondidos.  Viajei sábado bem cedo para Sófia, onde cheguei por volta da hora de almoço. Apanhei um autocarro até ao centro da cidade e pouco tempo depois estava no Rila Hotel, velhinho que só ele – a precisar de obras desde o tempo da URSS -, com sinal wi-fi fraco mas extremamente bem localizado no centro da cidade e walking distance para todos os principais pontos de interesse. Uma vez instalada, pus pernas ao caminho e aproveitei a tarde para conhecer a cidade.  Apesar da infraestrutura turística ainda ser um bocado precária e toda a cidade estar ainda em bruto e por explorar é possível encontrar pérolas incríveis ao virar de cada esquina. A catedral Alexandre Nevsky é o ex-libris da cidade, mas outros tesouros como o Teatro Nacional, os Banhos Públicos ou a Igreja Sveti Nicolai podem ser encontrados explorando as ruas da cidade, para além disso vários edifícios imponentes da era comunista, bem como pequenas igrejas ortodóxas aparecem a cada virar de esquina.

Uma das marcas do país é a produção de extracto de rosa para o fabrico de perfumes e cosméticos de todos os tipos, a região Sul do país possui campos de rosas de perder de vista e são actualmente um dos maiores produtores mundiais.
Os souvenirs alusivos ao tema estão por todo o lado.

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