Potes, a caminho dos Picos da Europa.

O caminho desde a costa norte de Espanha até chegar a Potes é fantástico. Acompanha o desfiladeiro de Liébana onde corre o Rio Deva, paralelo ao qual segue a estrada. A sensação de ser engolido pelo montanha é incrível. Apesar da estrada ser fraca em algumas zonas (estava a ser remodelada) o passeio vale imenso a pena até pelo caminho. E a imagem do precipício, vista de baixo. Não sei bem porque mas a maioria das fotografias que tinha ficaram perdidas no sub-mundo virtual e só me restou esta, porque estava publicada no Instagram.

No final desta estrada magnífica, sempre ao longo do vale, e antes de começar a subir a sério a montanha em direcção ao Parque Natural dos Picos da Europa – pelo lado leste – fica a vila de Potes. Aqui, bem no entro, há a confluência dos rios Deva e Quiviesa, uma ponte do século XV para os atravessar e uma vila muito simpática em redor, onde também se destacam a Igreja de São Vicente e a Torre do Infantado, construída na mesma época que a ponte de São Caetano, e imagem principal da cidade.
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Os Lagos de Covadonga.

A primeira vez que fui até aos Picos da Europa tinha a intenção de subir até aqui, mas como puderam ver no post sobre o Santuário de Nossa Senhora de Covadonga, o nevoeiro estava tão lá em baixo que nem valia a pena tentar subir até aos Lagos. O percurso até ao topo é incrível, apenas carros mais pequenos podem subir até lá, ou então uma empresa que tem umas carrinhas que levam o pessoal até lá cima, dão tempo livre para tirar milhões de fotografias e voltam para baixo. Custa 15 euros por pessoa, pode ser uma opção se não quiserem muito aventurar-se montanha acima, é verdade que as estradas são fracas em algumas zonas, estreitas e com um bocadinho daquela sensação de beira de precipício em alguns locais – principalmente se tiverem vertigens. Mas nada muito dramático, já estive em sítios muito piores. Não me custou especialmente fazê-la, por isso diria que seria simples lá ir de carro, apesar de eu ter ido nas carrinhas da empresa Táxi – Lagos de Covadonga. Estão sempre a sair a toda a hora desde a zona do Santuário, por isso não requer marcação, a não ser que viagem nunca grupo enorme, é chegar e ir entrando, sempre que uma carrinha enche, zarpa montanha acima. O percurso até ao topo já é super giro, e pitoresco já que parte dele é acompanhado pelos habitantes locais – cuidado se levarem o carro – mas então chegando lá em cima, o Miradouro Entre Lagos (entre o lago de Enol e de Ercina) é qualquer coisa incrível. Para qualquer lado que uma pessoa se vire, a paisagem recompensa. Deixo-vos com as imagens, que explicam o resto.

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Roteiro pelos Picos da Europa.

Este ano voltei aos Picos da Europa, para um fim-de-semana prolongado de Primavera e visitei alguns pontos que não tinha tido oportunidade de conhecer no ano passado quando lá estive pela primeira vez. Deixo-vos com o meu roteiro pelos Picos da Europa, esperando que seja útil.

A beleza natural do Parque Natural é incrível, um ‘segredo’ bem guardado aqui tão perto de nós e a poucas horas de estrada. Hoje reúno aqui as informações sobre todos os locais a visitar. Penso que uns 4 ou 5 dias serão suficientes para conhecer a região. Os Picos da Europa pertencem a três regiões autónomas distintas, as Astúrias, a Cantábria e Castela e Leão. Esta última é enorme e estende-se muito para sul, merece uma visita autónoma e portanto fica de fora do roteiro. Mas as Astúrias e Cantábria estão mesmo a pedir um roteiro conjunto, portanto podemos juntar as duas capitais e passar uns dias incríveis, com muita Natureza e também alguma parte cultural entre Oviedo e Santander. Dia 1 – Oviedo e Gijón Conheci a capital das Astúrias e fiquei encantada com as ruas ruelas repletas de estátuas ou com as esplanadas da zona do mercado. Uma óptima ideia chegar lá a tempo de tapear por aqui ao almoço. Gijón ficou foram do meu roteiro em ambas as visitas mas parece que vale a pena, bem pertinho de Oviedo, sigam viagem até aqui e passem a primeira noite por cá. (+) Roteiro em Oviedo Dia 2 – Cangas de Onís, Lagos de Covadonga, Potes A primeira entrada no Parque Natural, a partir de oeste, por Cangas de Onis, a primeira capital asturiense, uma paragem estratégica aqui antes de seguir até Nossa Senhora de Covandonga, de onde saem as visitas para os Lagos. O tempo por vezes é traiçoeiro, e se o nevoeiro baixa não vale a pena subir, mas se o São Pedro colaborar, pode ser a melhor paisagem da viagem. Durante a tarde viagem com calma até Potes, do outro lado dos Picos e fiquem esta segunda noite por aqui. (+) Lagoas de Covadonga Dia 3 – Fuente Dé, Comillas, Santillana del Mar Subam o lado leste do Parque até Fuente Dé, também não consegui incluir esta parte nas minhas viagens anteriores mas está agendada para uma próxima, diz que as vistas do teleférico são incríveis. À tarde, voltem a descer até à zona do mar, passando por Comillas, até Santillana del Mar. A vila histórica parece saída de um filme de época, vale a pena passar uma noite aqui. (+) Santillana del Mar (+) Comillas Dia 4 – Altamira, Santander Podem tentar aventurar-se em visitar as Cuevas de Altamira (ao que parece são permitidas muito poucas entradas ao ano, por questões de conservação, mas existe um museu aberto ao público com uma réplica da cueva principal) antes de seguir viagem até Santander, o último ponto da viagem. Se tiverem mais um dia passem a noite aqui e

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Nossa Senhora de Covadonga, a porta dos Picos da Europa.

Tínhamos a intenção de subir os Picos da Europa neste dia. Ir ao topo da montanha, fazer trilhas, ver os lagos glaciares… Depois de termos cruzado os Picos, na autoestrada, e ter visto de relance algumas paisagens como esta, estava mais do que entusiasmada com a ideia. Mas ao acordar tinha-se abatido um temporal sobre a terra. Tantos dias de Sol e para além de chover, um nevoeiro baixo impedia que se visse alguns metros acima, quanto mais o cume da montanha.Foi uma tristeza só, tivemos que cancelar o passeio e contentar-nos com a visita apenas à igreja de nossa senhora de Covadonga.Reza a lenda que foi na gruta de Covadonga, que Nossa Senhora apareceu a Pelayo antes da batalha definitiva contra os muçulmanos e lhe deu a força a a coragem necessárias para vencer a guerra. Em homenagem a este local de peregrinação, no séc XIX construiu-se no local uma basílica.Ao que consta, é lá que jaz o dito rei.

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Cangas de Onís.

Hoje em dia Cangas de Onís é apenas um pequena vila na base dos Picos da Europa Asturienses mas foi em tempos muito mais do que isso.Foi capital do Reino das Astúrias até ao ano de 774.Foi aqui que viveu o rei Don Pelayo (uma espécie de Viriato lá do sítio, alguns séculos depois) e foi daqui que que o seu povo se organizou e se tornou o único foco de resistência ibérica ao poder muçulmano. No ano de 722, deu-se nesta região a Batalha de Covadonga (vêm aí mais posts sobre o tema), em que Pelayo venceu o exército muçulmano e consolidou definitivamente a independência e o poder do primeiro reino cristão após a época visigoda na península ibérica.A ponte romana ainda hoje se conserva e é a atração principal da Cangas de Onís.

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