A libertação de Auschwitz.

Faz hoje 70 anos que o exército soviético libertou um dos mais letais campos de concentração da Alemanha Nazi, e o mundo confirmou a veracidade dos diversos relatos de assassínio e terror que chegavam ao ocidente.
Hoje voltamos a lembrar a data, para ajudar a nunca esquecer.

Visitei o campo de concentração na Páscoa de 2005, e tenho poucas palavras para descrever o horror que aquelas paredes, aqueles campos nos contavam. As câmaras de gás não são fáceis de visitar, mas foi o museu que ‘humanizava’, que dava rosto a cada uma das pessoas que foram escravizadas e assassinadas, expondo os seus pertences, as malas, os sapatos, as roupas, os cabelos, uma das coisas que mais me marcou. Bem como a paz e o silêncio que reinavam no campo, incrivelmente bem cuidado. Uma perfeição que arrepiava. read more

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Cracóvia #3 – O castelo

O Castelo de Wavel foi mandado construir pelo rei Casimiro III que reinou entre o anos de 1333 e 1370. Situado no topo de uma colina com o mesmo nome, e bem nas margens do rio Vístula, foi durante muitos séculos a residência oficial dos reis da Polónia. A entrada principal do castelo fica bem no fim do caminho real e do outro lado é possível encontrar uma zona verde junto ao rio, onde é possível caminhar, aproveitar os dias de sol, passear de barco ou apenas sentar numa esplanada. Aproveitei o facto de ainda não ter almoçado para relaxar com um prato na frente e uma vista incrível, valeu bem a pena.  Por fim visitei os pátios internos do castelo (o interior já estava encerrado para visitas naquele dia) e abriguei-me por lá de uma chuvada incrível que fez desabar o céu sobre Cracóvia e que me fez desistir da ideia de ir dali até ao Bairro Judeu (o último ponto previsto no meu passeio). 

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Cracóvia #2 – O mercado

O edifício do Mercado, Mercado dos Panos, ocupa com destaque o centro da Praça Central da cidade antiga – a que também chamam de praça do Mercado – e que fica bem no meio do caminho real, entre a porta Florianska e o Castelo.
Foi construído no início do século XIV para servir com a função de bolsa/mercado e obteve o aspecto com que o vemos hoje em 1555.
Actualmente um mercado funciona diariamente no piso inferior e o piso superior é ocupado pela Galeria de Arte Polaca do séc XIX.
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Cracóvia #1 – O caminho real.

Foi a segunda vez que estive em Cracóvia, mas resolvi encurtar um bocadinho a estadia em Varsóvia e passar uma tarde na segunda cidade da Polónia, já que na primeira tinha sido tão curta quanto esta e há mais de oito anos. Tinha vontade de voltar e rever a cidade. O centro histórico da cidade é atravessado por uma rua pedonal a que chamam de caminho real, uma vez que começa na principal porta da cidade – Florianska, a única que ainda resta -, passa pela Praça Principal da cidade (onde se encontra o Mercado – assunto para outro post), e segue até ao Castelo no alto de uma colina na beira do rio. A estação de comboios de Glowny é bem perto da porta Florianska e o lugar ideal para começar um passeio ao longo de toda a rota real, curtindo o ambiente, as ruelas adjacentes, as igrejas, as esplanadas, a catedral e o ambiente da cidade. A chegada ao castelo e a sua relação com o rio ficam para outro post.

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Varsóvia #4 – Entre o passado e o futuro.

O tempo que estive em Varsóvia não deu para muito mais do que as atracções turísticas mais óbvias (pouco mais de 24h), mas deu para ficar com a ideia de que é uma cidade em crescimento e que para além de toda a história que tem dentro dela se começa a voltar para o futuro.As famosas ruas Nowy Swiat e Krakowskie Przedmieście que ‘cortam’ a meio o centro da cidade continuam cheias de lojas, cafés, restaurantes, esplanadas simpáticas e principalmente muita vida ao longo do dia. Para além do edifício da Universidade e do Palácio Presidencial.Novos edifícios de traços bem modernos começam a surgir na zona da estação (Warszava Centralna) e convivem pacificamente com marcos da união soviética como é o caso do Palácio das Artes e da Ciência.Ia com as expectativas não muito altas já que todos os relatos que tinha ouvido eram de que Cracóvia era muito mais giro do que Varsóvia. Mas vim de lá verdadeiramente surpreendida com esta capital escondida, que ninguém dá nada por ela, mas que como cidade me encheu muito mais as medidas do que a simpática e pitoresca Cracóvia – que fica para outro post.

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Varsóvia #3 Parque Lazienki

Noutra zona da cidade fica o famoso parque Lazienki, muito procurado pelos locais em dias de Sol tal como aquele que passei pela capital polaca. Aproveitei a hora de almoço para uma visita que permitiu passear pelo parque, almoçar em frente à estátua de Chopin (célebre polaco), descobrir o Palácio Belwedere e comer um gelado na beira do lago sobre o qual se encontra o Palácio-sobre-as-àguas.Este último é a atração principal do parque. O facto de estar construído sobre uma ilha artificial no centro do lago, ligado a cada uma das margens por duas pontes, dá-lhe a ideia de estar a ‘flutuar’ sobre o lago.É possível passar algumas horas muito agradáveis por aqui e o acesso a partir do centro da cidade é muito simples. Vários autocarros saem de diversos pontos no centro e passam pelo parque, um bilhete simples de 15 minutos e que pode ser comprado em qualquer quiosque é suficiente para lá chegar.

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Varsovia #2 Cidade Antiga

O centro histórico da cidade de Varsóvia é bem agradável, cheio de esplanadas e lojinhas, óptimo para passear durante um dia, curtir o ambiente, o Sol e tirar muitas fotos aos edifícios mais marcantes e também aos recantos e pracinhas pitorescas. Claro que depois do post anterior devem estar a perguntar-se, mas como é que essa parte da cidade e os seus edifícios históricos sobreviveram de pé aos bombardeamentos da Segunda Guerra, se toda a cidade foi destruída. Pois, não sobreviveram, e tudo o que podemos ver hoje na cidade antiga são reconstruções dos edifícios originais que foram feitas tal e qual estavam no passado. Tudo foi fielmente reproduzido e o trabalho ficou excelente porque na verdade, andando por lá… Ninguém diria. O Centrinho é bem condensado e tudo gira em torno de duas praças principais, a maior – Praça Zamkowy – que fica na entrada da cidade antiga e onde fica o Palácio Real, e a Praça da Cidade Velha, o coração da cidade há centenas de anos atrás. No meio disto tudo é possível ainda descobrir ruelas antigas, igrejas bem conservadas, jardins bem arranjados e o que sobrou das muralhas da cidade.  Eu tive apenas umas horas por lá, já que quis conhecer também o resto da cidade, mas um dia seria óptimo mas tirar partido do ambiente e esplanadar muito em tempo de Sol.

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Varsóvia #1 As marcas da II Grande Guerra

Um dos locais que mais queria visitar em Varsóvia era, sem dúvida, a zona onde foi instalado o ghetto durante a segunda Guerra Mundial e as marcas da presença judaica na cidade. E foi a primeira zona da cidade que visitei logo de manhã, assim que o comboio chegou. Visitei o último troço do muro – que isolava o ghetto – e que ainda se encontra de pé, o Warsaw Rising Museum e a principal Sinagoga da cidade. A Insurreição de Varsóvia (Uprising), foi um movimento de luta armada levada a cabo pela resistência polaca com o objectivo de libertar a cidade do domínio nazi. A ofensiva começou a 1 de Agosto de 1944 e esperava o avanço da frente Soviética que se aproximava da cidade, no entanto este avanço fracassou e também a resistência acabou por se render ao fim de dois meses de luta. Não há números oficiais exactos mas estima-se que durante este período tenham morrido centenas de milhares de civis e no final da guerra a destruição da cidade era indescritível, cerca de 85%. É uma visita muito marcante, e há poucas palavras que possam descrever o horror que as imagens e a história transmitem, mas vale muito a pena. Principalmente para ajudar a não esquecer.

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Fim-de-semana de comboio pela Polónia, dicas práticas.

Quando planeei a minha estadia em Bratislava comecei imediatamente a pensar no que iria fazer e visitar nos fins-de-semana que iria passar por lá. Olhei o mapa, pesquisei viagens de avião, hotéis, locais a visitar, geri tempo/dinheiro/vontade de conhecer meia Europa e acabei por marcar viagens para dois países diferentes, Roménia e Bulgária. Mas ainda me sobrava um fim-de-semana para o qual ainda não tinha grandes planos, só a certeza que ficar em Bratislava sem fazer nada não seria opção.Assim que lá cheguei descobri que na segunda-feira imediatamente a seguir a esse fim-de-semana, ainda por cima, era feriado. Foi quanto bastou para decidir que tinha mesmo de me pôr a andar dali para fora e podia ser para um bocadinho mais longe até…A Polónia já andava a pairar na minha cabeça há algum tempo e eu sabia que havia comboios nocturnos tanto para Varsóvia como para Cracóvia, e as duas cidades entraram imediatamente na minha lista de destinos para o fim-de-semana, não perdi tempo e fui tratar de me informar sobre horários, preços e afins.Não é fácil encontrar em Bratislava alguém que fale realmente bem inglês, e nos guichets da estação de comboios muito menos, por isso à primeira tentativa vim de lá a pensar que poderia apenas comprar bilhetes individuais – por serem percursos diferentes – de ida (Bratislava-Varsóvia) e de regresso (Cracóvia-Bratislava) e as respectivas reservas de lugar, por pouco mais de 150 euros, e que por lá teria de me desenrascar para os bilhetes das viagens internas. Não fiquei muito convencida nem nada agradada com o preço e resolvi voltar desta vez arrastando comigo uma colega que falasse eslovaco (e me percebesse em inglês). Depois de várias negociações e diálogos em estrangeiro descobri que era possível comprar apenas um bilhete de ida e volta (Bratislava – Varsóvia, via Cracóvia) que me permitia fazer as três viagens que me interessavam e que só custava 98 euros.

Este bilhete permite fazer o percurso Bratislava – Varsóvia – Cracóvia – Bratislava em quantos troços entenderem, nos comboios que entenderem e nas datas mais convenientes, mas como eu queria usar os comboios nocturnos resolvi ‘fixar’ dois dos troços da viagem e reservar lugares em couchette para tentar aproveitar a noite. Assim, à ida para Varsóvia dormi num compartimento 1º classe, com três caminhas feitas, direito a serviço despertar e pequeno almoço no quarto, e no regresso de Cracóvia dormi num compartimento 2º classe com seis camas e sem direito a mais regalias. A reserva destes lugares acresce 14,00 e 9,40 euros, respectivamente, e vale muito a pena para ter uma noite de sono descansada (sem ela têm apenas direito a um banco de comboio normal num carruagem cheia de gente). Infelizmente as carruagens 1º classe estavam esgotadas para o regresso. read more

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