Varsóvia #4 – Entre o passado e o futuro.

O tempo que estive em Varsóvia não deu para muito mais do que as atracções turísticas mais óbvias (pouco mais de 24h), mas deu para ficar com a ideia de que é uma cidade em crescimento e que para além de toda a história que tem dentro dela se começa a voltar para o futuro.As famosas ruas Nowy Swiat e Krakowskie Przedmieście que ‘cortam’ a meio o centro da cidade continuam cheias de lojas, cafés, restaurantes, esplanadas simpáticas e principalmente muita vida ao longo do dia. Para além do edifício da Universidade e do Palácio Presidencial.Novos edifícios de traços bem modernos começam a surgir na zona da estação (Warszava Centralna) e convivem pacificamente com marcos da união soviética como é o caso do Palácio das Artes e da Ciência.Ia com as expectativas não muito altas já que todos os relatos que tinha ouvido eram de que Cracóvia era muito mais giro do que Varsóvia. Mas vim de lá verdadeiramente surpreendida com esta capital escondida, que ninguém dá nada por ela, mas que como cidade me encheu muito mais as medidas do que a simpática e pitoresca Cracóvia – que fica para outro post.

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Varsóvia #3 Parque Lazienki

Noutra zona da cidade fica o famoso parque Lazienki, muito procurado pelos locais em dias de Sol tal como aquele que passei pela capital polaca. Aproveitei a hora de almoço para uma visita que permitiu passear pelo parque, almoçar em frente à estátua de Chopin (célebre polaco), descobrir o Palácio Belwedere e comer um gelado na beira do lago sobre o qual se encontra o Palácio-sobre-as-àguas.Este último é a atração principal do parque. O facto de estar construído sobre uma ilha artificial no centro do lago, ligado a cada uma das margens por duas pontes, dá-lhe a ideia de estar a ‘flutuar’ sobre o lago.É possível passar algumas horas muito agradáveis por aqui e o acesso a partir do centro da cidade é muito simples. Vários autocarros saem de diversos pontos no centro e passam pelo parque, um bilhete simples de 15 minutos e que pode ser comprado em qualquer quiosque é suficiente para lá chegar.

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Varsovia #2 Cidade Antiga

O centro histórico da cidade de Varsóvia é bem agradável, cheio de esplanadas e lojinhas, óptimo para passear durante um dia, curtir o ambiente, o Sol e tirar muitas fotos aos edifícios mais marcantes e também aos recantos e pracinhas pitorescas. Claro que depois do post anterior devem estar a perguntar-se, mas como é que essa parte da cidade e os seus edifícios históricos sobreviveram de pé aos bombardeamentos da Segunda Guerra, se toda a cidade foi destruída. Pois, não sobreviveram, e tudo o que podemos ver hoje na cidade antiga são reconstruções dos edifícios originais que foram feitas tal e qual estavam no passado. Tudo foi fielmente reproduzido e o trabalho ficou excelente porque na verdade, andando por lá… Ninguém diria. O Centrinho é bem condensado e tudo gira em torno de duas praças principais, a maior – Praça Zamkowy – que fica na entrada da cidade antiga e onde fica o Palácio Real, e a Praça da Cidade Velha, o coração da cidade há centenas de anos atrás. No meio disto tudo é possível ainda descobrir ruelas antigas, igrejas bem conservadas, jardins bem arranjados e o que sobrou das muralhas da cidade.  Eu tive apenas umas horas por lá, já que quis conhecer também o resto da cidade, mas um dia seria óptimo mas tirar partido do ambiente e esplanadar muito em tempo de Sol.

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Varsóvia #1 As marcas da II Grande Guerra

Um dos locais que mais queria visitar em Varsóvia era, sem dúvida, a zona onde foi instalado o ghetto durante a segunda Guerra Mundial e as marcas da presença judaica na cidade. E foi a primeira zona da cidade que visitei logo de manhã, assim que o comboio chegou. Visitei o último troço do muro – que isolava o ghetto – e que ainda se encontra de pé, o Warsaw Rising Museum e a principal Sinagoga da cidade. A Insurreição de Varsóvia (Uprising), foi um movimento de luta armada levada a cabo pela resistência polaca com o objectivo de libertar a cidade do domínio nazi. A ofensiva começou a 1 de Agosto de 1944 e esperava o avanço da frente Soviética que se aproximava da cidade, no entanto este avanço fracassou e também a resistência acabou por se render ao fim de dois meses de luta. Não há números oficiais exactos mas estima-se que durante este período tenham morrido centenas de milhares de civis e no final da guerra a destruição da cidade era indescritível, cerca de 85%. É uma visita muito marcante, e há poucas palavras que possam descrever o horror que as imagens e a história transmitem, mas vale muito a pena. Principalmente para ajudar a não esquecer.

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