Tal como tinha ficado prometido quando escrevi, em Setembro passado, o post sobre a Regulamentação Europeia para o Transporte Aéreo, hoje venho contar-vos como foi a saga das reclamações em busca de um final feliz, que só aconteceu na última semana.
O Verão de 2017 foi rico em confusões com companhias aéreas, tal como vos contei, tive problemas com:
- Uma companhia regular e renomada, a Cathay Pacific, que nos adiou o voo de Madrid para Hong Kong em Agosto por mais de 30 horas, supostamente por problemas técnicos.
- A low cost Ryanair, já que fui apanhada no furacão de cancelamentos de voos em Setembro passado e fiquei sem regresso num fim-de-semana agendado para Londres.
De acordo com a legislação Europeia em vigor, teria direito a devolução do preço do bilhete ou reencaminhamento para o voo seguinte disponível, pagamento de despesas durante a espera, indemnização compensatória conforme os quilómetros de voo.
- A Cathay respondeu prontamente aos e-mail trocados, aceitou de imediato pagar 600 euros de indemnização e facilmente acabou por concordar em pagar as despesas extra que tivemos em Madrid durante a espera. Haviam-nos enviado para o Marriott onde fizemos quase todas as refeições. A falta de informação foi a maior falha da companhia. No início de Outubro o dinheiro estava a cair na conta por transferência bancária.
- Já com a Ryanair a coisa não foi assim tão simples, mas acabou por valer a pena – que eu sou osso mais duro de roer que eles.
Uma vez que queria comprar um novo voo na TAP, pedi devolução do dinheiro do voo cancelado e não tive direito a reencaminhamento nem a despesas de espera. Tudo certo, o reembolso foi mais ou menos simples e efetuado para o cartão de crédito com que tinha pago a viagem.
Faltava a questão da indemnização, que no caso em questão era de 250 euros, uma série de e-mails para um lado, uma série de e-mails para o outro, argumentavam que não tinha direito porque pedi o reembolso (not true!), eu reencaminhava a legislação, tive de ameaçar que ia fazer queixa a deus e ao diabo, mandaram-me um vale de 80 euros para gastar no site deles a ver se me calavam.
Parvos. Para começar gastei o vale (no bilhete de avião do último fim-de-semana a Paris) e depois continuei com a argumentação e não desisti dos 250 euros a que tinha direito. Achei que quase os tinha vencido pelo cansaço quando disseram que me iam enviar um cheque com a indemnização.
Hip hip, hurra, chega o cheque toca de ir ao banco levantá-lo… “Ui, isto para levantar é preciso pagar e olhe que que tentamos meter outros e estão a voltar para trás, e depois tem de pagar de novo para recolher o cheque”. Só podem estar a gozar comigo.
Passei-me dos carretos, liguei para a DECO, passa-se isto assim assim tenho direito a exigir o pagamento por transferência bancária? Tem sim. Nem é tarde nem é cedo, fiz uma reclamação com o apoio jurídico da DECO, e ao fim de algumas semanas lá recebo o e-mail a dizer que pronto, iam reconsiderar e podia enviar-lhes o cheque juntamente com os meus dados bancários e faziam transferência. Mais não sei quantas semanas e o processo andou para a frente, informaram-me que me iam pagar, e o dinheiro chegou a semana passada.
(Não consegui que me pagassem as custas postais de devolver o cheque, foram 6 euros, mas achei um preço justo pela viagem a Paris! hehe)
Moral da história, isto pode não ser fácil, que não é, e eles estão sempre com uma resposta na ponta da língua para vos dar a volta. Não se deixem ficar, e se precisarem de ajuda, digam alguma coisa, como podem ver, experiência não me falta. Ainda vou fazer concorrência à AirHelp.
(+) Regulamentação Europeia para Transporte Aéreo, post com mais detalhes!
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