Valletta é hoje a cidade que domina a pequena ilha de Malta, mas nem sempre foi assim. Até ao século XVI, a principal cidade da região era Mdina, uma cidade ocre, silenciosa e cheia de história para contar. Visitei-a num dos dias que passei na ilha e recomendo vivamente a experiência.
A fundação de Mdina remonta ao século VIII a.C., com a chegada dos fenícios, que estabeleceram um primeiro núcleo urbano fortificado a que chamaram Maleth. Mais tarde, durante o domínio romano, a cidade passou a chamar-se Melite e foi significativamente ampliada. Diz-se até que o apóstolo São Paulo terá vivido aqui durante algum tempo, após naufragar na ilha por volta do ano 60 d.C.
Nos séculos seguintes, Mdina foi sucessivamente ocupada pelo Império Bizantino, pelos árabes do Norte de África — que lhe deram o nome atual, derivado da palavra árabe medina, que significa “cidade” — e, mais tarde, pelos normandos e pelos cavaleiros da Ordem de São João.
Mdina manteve-se como capital da ilha até 1530, quando os Cavaleiros da Ordem chegaram a Malta e transferiram o centro político e militar para Birgu, junto ao porto natural onde mais tarde seria construída Valletta.


Hoje, Mdina é um verdadeiro museu a céu aberto. A sua muralha bem preservada, a abundância de igrejas com interiores ricamente decorados e a arquitetura medieval austera — marcada por tons ocres e ruas estreitas — conferem-lhe um ambiente único. É também conhecida como a Cidade Silenciosa, não só pelo número reduzido de habitantes, mas também pela tranquilidade que se sente ao passear dentro das muralhas. É difícil imaginar tanta paz num destino tão turístico como Malta.


O que visitar em Mdina?
A cidade muralhada é pequena e o melhor mesmo é explorá-la a pé, sem pressas nem planos rígidos. Começa pela Porta Principal de Mdina, atravessa as ruas em direção à imponente Catedral de São Paulo — construída no século XVII sobre os restos de uma igreja medieval — e continua até à Praça do Bastião, no extremo oposto da cidade, de onde se tem uma vista magnífica sobre os campos malteses.
Pelo caminho, vais encontrar igrejas, palácios, vielas e recantos encantadores. Não deixes de entrar na Igreja da Anunciação, que surpreende com os seus tetos pintados e painéis de cor vibrante.


Como chegar?
É fácil chegar a Mdina a partir de Valletta: há autocarros diretos que te deixam mesmo junto à entrada da cidade muralhada. podem consultar aqui os horários. (linhas 51, 52, 53)
Se estiveres hospedada em Sliema ou St. Julian’s, também há autocarros diretos (linha 202), embora menos frequentes e com uma viagem mais demorada. Nestes casos, pode compensar ir primeiro até Valletta e apanhar um dos autocarros que partem de lá.


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