Quando comecei a pesquisar um pouco mais sobre a Tunísia, e o que queria incluir numa viagem pelo país, tinha a certeza que fazer praia e/ou visitar a sua capital não era a única coisa que valeria a pena por lá. Um roteiro que incluísse o interior do país, com um passagem pelo deserto e por alguns dos ícones culturais do país era imprescindível. Depois de estudar as diferentes opções e tendo em conta que o tempo também não era ilimitado acabei por perceber que a melhor opção era mesmo contratar um transporte com motorista a uma agência de viagens local que nos permitisse fazer um roteiro à medida e visitar tudo o que queria. Foi uma ótima escolha. Fica o roteiro com os detalhes finais da viagem.
Chegamos a Tunes já de noite, e no dia seguinte dedicamos todo o dia a explorar a região em redor da capital tunisina e o seu centro. Conhecemos cartago, Sidi Bou Said, o Museu Nacional Bardo e o centro de Tunes, onde deambulamos pelo souk. Os detalhes deste dia já estou disponíveis noutro post. Por isso este roteiro pelo país começou na verdade no terceiro dia de viagem.
(+) O que visitar no Golfo de Tunes | Tunísia
Dia 1 – Hammamet – Kairouan – Tozeur
O primeiro dia de viagem pelo interior da Tunísia começou em Hammamet – famosa zona balnear – onde tinhamos pernoitado para encurtar caminho a partir de Tunes.
Dirijimo-nos logo pela manhã em direção a Kairouan, uma paragem imprescindível em qualquer roteiro cultural na Tunísia
Património Mundial da UNESCO, Kairouan é um dos locais mais sagrados do Islão no Norte de África. Gostei muito das horas que passamos na cidade, recomendo que explorem a cidade com calma e que visitem alguns dos lugares mais icónicos
– Na Medina andamos “à compra” de tapetes artesanais, e alguns teriam ficado muito bem na minha sala se tivesse perdido o amor a alguns trocos.
– Visitamos a Mesquita Sidi Sahbi (Mosque of the Barber), onde supostamente estão os restos mortais de Abou Zama El-Balawi, companheiro de Maomé.
– Observamos desde cima os famosos reservatórios de água (Basins of the Adhlabids), duas cisternas comunicantes datadas do século IX.
– E por fim entramos na Grande Mesquita, um dos locais de culto mais importantes para o Islão, e que inspirou a construção de outras mesquitas em todo o Magrebe.
Uma das coisas que mais me agradou na cidade foi “a falta” de turistas. Uma cidade tradicional, para locais, é sempre a melhor experiência em viagem.
Retomamos a nossa viagem em direção ao deserto e nessa noite iríamos pernoitar às portas do Sahara, na cidade de Tozeur.
Dia 2 – Tozeur – Chebika – Tamerza – Chott El Jerid – Douz
O dia começou cedo com um passeio pelo deserto e uma incursão até ao famoso Oásis de Chebika. O famoso óasis encontra-se próximo da cidade de Tamerza e quase na fronteira com a Argélia. A região ficou conhecida entre outros pela rodagem de filmes como o Star Wars e O Paciente Inglês, mas uma caminhada pelo trilho que percorre as cascatas dooásis vale a pena mesmo para os menos cinéfilos. O azul da água por entre o verde da vegetação é uma miragem no meio do deserto.
Continuamos a viagem atravessando o Chott El Jerid, o maior lago salgado da Tunísia que nos melhores dias toma uma cor rosada e permite as fotos mais giras de sempre. Infelizmente apanhámos pelo caminho uma tempestade de areia impressionante, de não se ver um palmo em frente ao nariz e de sentir a areia como balas a cravejar a pele numa curta saída do carro para esticar as pernas. Serviu de “experiência”, hehe, mas desejo-vos um dia melhor quando estiverem por lá.
Chegamos ao final da tarde a Douz com tempo para relaxar um pouco nas águas “minerais” do spa do hotel.
Dia 3 – Douz – Matmata – El Jem – Sousse
O último dia de incursão no interior da Tunísia começou com um passeio matinal de camelo, ainda na região de Douz e prosseguiu com o regresso ao litoral, com passagem em dois outros pontos importantes da viagem e culturalmente relevantes no país. Matmata e El Jem.
A primeira paragem foi nas Cavernas de trogloditas da região de Matmata. Algumas destas “casas” escavadas na rocha ainda albergam população berber, alguns deles vivem hoje em dia do turismo – já que abrem as portas aos turistas. As casas são normalmente escavadas em redor de um poço que serve de pátio central e as diferentes divisões espalham-se ao seu redor em vários níveis. As famílias que têm o seu espaço aberto a visitas, oferecem um lanche de pão caseiro, mel e chá – estava divinal! – e vivem das gorjetas que os turistas deixam por lá. Apesar da faceta turistica da coisa, foi uma visita interessante.
A segunda paragem do dia foi na cidade de El Jem, que alberga outro sítio património mundial UNESCO da Tunísia – o Anfiteatro de El Jem, o maior coliseu romano do norte e África, sendo superado em dimensão apenas pelo de Roma, mas talvez melhor conservado.
O dia acabou já no litoral, na cidade de Sousse.
Dia 4 – Sousse
O último dia de viagem foi passados em Sousse.
Mais conhecida como destino balnear (podem esticar a estadia aqui), Sousse surpreendeu-me bastante. A zona do Souk é bastante agradável e bem conservada. tem alguns pontos de interesse para visitar para além de imensas esplanadas onde tomar um chá enquanto a vida circula ao redor, ou centenas de ruelas de mercado de rua onde se podem perder nas compras a preços irrisórios. Eu perdi-me bastante.
Não deixem de visitar a Mesquita e a Torre do Ribat (fortificação), tem uma ótima panorâmica para o centro da cidade e o souk.
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