Este post sai com anos de atraso, literalmente.
Marrocos foi uma viagem pré-covid que ficou nos rascunhos e na memória para um regresso prometido. Neste roteiro que começou em Marraquexe e terminou em Tânger, subimos pelo interior do país, pelo deserto. Irei voltar para conhecer a herança portuguesa na costa atlântica e a repetir está sem dúvida a cidade de Marraquexe. Poderia passar dias numa das varandas da Praça Jeema el-Fna a ver a movimento passar. A-do-rei. Fica aqui o meu pequeno resumo sobre o que ver e fazer em Marraquexe. Espero que seja útil.
Às compras no Souk
Acho que já confessei aqui várias vezes o fascínio que um bom souk tem sobre mim. Aquela mistura de cores e cheiros, de vida e agitação , enchem-me as medidas, e mesmo não sendo para efetivamente comprar (apesar de ser difícil resistir), só andar por lá a deambular e a absorver aquela energia e desfrutar do ambiente já é suficiente para fazer valer a visita. Por entre especiarias e tapetes, lâmpadas e chinelos, malas e frutas frescas, tirem o máximo de tempo possível para se perderem por aqui. Se puderem percam um bocadinho de tempo a negociar alguma coisa, faz parte da cultura local e é uma experiência engraçada. Garanto-vos que se trouxerem qualquer item por mais de metade do preço inicial, o vendedor ficou todo contente e vocês foram uns anjinhos. Marralhar preços é uma arte, e eu confesso que sou muito fraca no assunto.
Visitar os Jardins Majorelle de Yves Saint Laurent
É uma da maiores atrações da cidade, em termos turísticos. A construção é dos anos 30 do século passado, quando o pintor Jacques Majorelle se instalou na cidade durante o protetorado francês em mandou construir uma casa de arquitetura moderna, inspirada na obra de Corbusier, rodeada de um jardim exótico de estilo islâmico. O artista criou poucos anos mais tarde o famoso “azul Majorelle” com que pintou vários elementos da casa.
Abandonado durante alguns anos, voltou a ganhar vida com Yves Saint Laurent comprou a propriedade em 1980. Hoje em dia é gerido pela Fundação Majorelle e podem ser visitados. Vale a pena a visita, pelo exotismo e excentricidade, os jardins são fabulosos, um pequeno oásis num centro da cidade. E rende umas fotografias lindas.
Esta aberto ao público diariamente entre as 09:00 e as 18:00 e os bilhetes podem ser comprados no local ou online (aqui).
Dormir num Riad
Pode não ter o conforto nem as comodidades de um hotel confortável de um cadeia internacional daqueles que vão encontrar fora da medina, mas a verdadeira experiência marroquina é dormir num riad. as casas tradicionais da medina, caracteristicas pelo seu ar “fechado” para a rua, mas viradas para o seu interior e aos famosos pátios que são o centro da casa. Alguns com vários apontamentos naturais e pequenas piscinas. Muitos destes alojamentos são simples, mas a experiência de alojamento é distinta e não devem perder. Nós ficamos no Riad Wardate Rita que recomendo. Foram super bem recebidos com um tradicional chá de menta, o primeiro da viagem. O quarto era espaçoso e agradável, e o pátio encantador. Não esperem nada de luxos, mas ótima relação qualidade/preço.
(+) Riad Wardate Rita | Booking.com
Provar a culinária local
Confesso que não ia com as melhores expectativas. Não gosto de cuscus e terras quentes sem cerveja também não é uma combinação atrativa. Mas, como sempre, a culinária mediterrânea não desiludiu. Entre as centenas de opções de tagines (na imagem frango com limão), as espetadas de carne tradicionais, o pão, as azeitonas, vão certamente encontrar muito que vos agrade. Eu comi muito bem e tirei a barriga de misérias de sumos de fruta fresca, que há à venda em todas as esquinas.
Usem e abusem do palato. [tenham cuidado, os estômagos mais sensíveis e que não estão habituados a estas andanças, estamos em África, Imodium na mala!]
Passar horas a ver a vida passar em Jeema el- Fna
A praça de Jeema el-Fna é o coração da cidade, onde se cruzam todos os que nela se movimentam, sejam locais, comerciantes, turistas. As barraquinhas moveis e surgem e desaparecem com a mesma velocidade. Os vendedores de sumo de fruta, os encantadores de serpentes, turistas extasiados.
Rodeada de edifícios ocre de poucos andares, as suas varandas são os locais de eleição para contemplar este bulício permanente. Muitos deles são de pequenos cafés/restaurantes onde podem passar algumas horas.
A minha sugestão é que cheguem ainda durante a tarde e que deixem o sol se pôr na vossa frente, vão sentir as mudanças de tom, nas cores, no barulho, no movimento. Deixem-se apenas ficar. E entrar no espírito.
Visitar algumas das mesquitas/palácios/jardins da cidade
Há imensas opções do que visitar na cidade, isto vai depender muito do tempo que tiverem disponível na cidade. Nós visitamos os Jardins Ménara (na foto à esquerda), a mesquita Koutoubia (bem próximo da praça central, foto à direita) e o palácio Jardins Secretos. Construções tradicionais islâmicas em que a interação com o exterior, a água e a natureza está sempre presente.
Ficou por ver a Madrassa Ben Youssef que estava fechada e o Palácio Bahia e el Badi por falta de tempo.
Uma nota importante, pelo que percebemos na época, nenhuma das mesquitas da cidade permite a entrada a não muçulmanos, pelo que podem visitá-las apenas pelo exterior.
Para além do clássico, o que ver e fazer em Marraquexe, há muito mais que conhecer no país. Deixo-vos com o roteiro completo desta viagem, espero que gostem!
(+) Roteiro de 1 semana em Marrocos
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