As estradas estão na moda.
Se durante muitos anos, a ideia de estradas intermináveis e viagens de uma vida faziam o nosso imaginário ser transportado quase de imediato para o continente americano – não fossem as míticas Route 66 ou a Estrada Pan Americana – nos últimos anos essa fórmula de sucesso tem sido transportada para outros locais. E à sua dimensão chegou também à Europa e a Portugal.
Nos últimos anos a fama ligou Chaves a Faro, através da EN 02 – um roteiro turístico já estabelecido e com cada vez mais visitante. Mas o nosso país está cheio de estradas cénicas, que nos transportam para zonas mais remotas e desconhecidas (aos olhos do turismo de massas). Esta Estrada Nacional 103 é uma delas.
Adoramos road trips, por isso fomos comprovar que vale a pena a viagem.
A estrada EN 103 liga o Norte de Portugal, do litoral ao interior, entre Neiva (no concelho de Viana do Castelo) e Bragança, e tem cerca de 250 km de extensão. A nossa viagem ao longo do Minho e Trás-os-Montes, acompanhou em rande parte este eixo rodoviário mas incluiu alguns desvios para experimentar o que de melhor têm as regiões por onde passamos.
Este roteiro foi realizado em quatro dias, numa viagem organizada e a convite do Turismo do Porto e Norte, numa campanha de divulgação da região e numa tentativa de criar a marca EN 103 como roteiro turístico. Eu fiquei convencida, abaixo vão perceber porquê!

Dia 1 – Rio de Onor, Bragança, Vinhais
O primeiro dia de viagem começou em rio de Onor, um pequeno desvio inicial à rota da EN 103 para conhecer a aldeia comunitária e transfronteiriça do concelho de Bragança. A fronteira estava oficialmente encerrada pela pandemia, mas a metade portuguesa recebeu-nos de braços abertos (em sentido figurado, não se apoquentem que não andamos aos abraços a ninguém), e à nossa espera tínhamos o Tio Mariano e as suas estórias sobre a história da aldeia e um almoço ao ar livre com tudo o que de melhor a região tem para oferecer.
Durante a tarde visitamos o centro histórico de Bragança, a capital de distrito transmontana tem grande interesse histórico, pela sua posição fronteiriça e relação com os vizinhos espanhóis. Visitamos o Museu da Máscara e do Traje (dedicado às tradições pagãs de carnaval da região) e passeamos pelo interior da muralha com passagem pelo Castelo e pelo Domus.
Ao fim do dia rumamos até Vinhais, onde jantamos e iriamos pernoitar. O local escolhido foi o Parque Biológico de Vinhais – uma aposta ganha com os seus simpáticos PODs para alojamento e a quinta biológica adjacente, uma opção ótima para famílias e não só.
(+) Bragança e Rio de Onor (em breve)
(+) Parque Biológico de Vinhais
Dia 2 – Boticas, Vilarinho de Negrões, Penedono, Venda Nova
Depois de um acordar maravilhoso no parque Biológico de Vinhais, fizemo-nos à estrada em direção a Boticas. Percorremos uma parte de estrada nacional103 e descobrimos que Boticas tem muito para dar a conhecer, a começar pelo Centro de Artes Nadir Afonso, passando pela maravilhosa carne barrosã e enchidos típicos que saboreamos ao almoço e acabando no Boticas Parque, um conceito de Parque Verde e Biodiversidade com atividades para toda a família que vão desde desportos de aventura até experiências de agricultura, pesca e animais da quinta. Atravessado pelo rio Beça, percorremos alguns dos trilhos e conhecemos as opções de alojamento no local.
Seguindo a nossa rota entramos no concelho de Montalegre e percorremos algumas das suas albufeiras e aldeias. Cruzamos a albufeira no Rio Rabagão entre Vilarinho de Negrões e Penedono, de barco, passamos pela aldeia de Ponteira e acabamos o dia em Venda Nova. As estradas que serpenteiam em redor das albufeiras tem miradouros maravilhosos e o passeio de barco propicia uma outra perspectiva que vale muito a pena.
(+) Boticas (em breve)
(+) As albufeiras de Montalegre (em breve)
Dia 3 – Entre Ambos os Rios, Ponte da Barca, Soajo, Arcos de Valdevez
O dia começou cedo às margens do rio rabagão, em Venda Nova, e a EN 103 ajudou-nos a contornar o Parque Nacional da Peneda-Gerês durante mais alguns quilómetros – e incluiu a paragem mais aguardada da press trip, no quilómetro 103 da EN 103, para a foto da praxe, a solo e de grupo -.
Um pouco mais à frente e em vez de continuar em direção a Braga e Barcelos afastamo-nos da rota inicial para explorar alguns concelhos do Alto-Minho.
A primeira paragem foi no rio Lima, junto ao Parque de Campismo Lima Escape, onde tivemos a oportunidade de fazer SUP e canoagem e conhecer as novas opções de glamping. Almoçamos bem no centro de Ponte da Barca, com vista rio e verde branco fresquinho e seguimos até aos Arcos de Valdevez, onde iriamos ficar alojados. O dia ainda permitiu conhecer os famosos espigueiros do Soajo e aproveitar ao máximo o parque da Porta do Mezio – uma opção incrível para toda a família onde conhecemos um pouco da história da região, pudemos andar a cavalo, fomos brindados com um lanche maravilhoso com produtos da região e experimentamos desportos radicais como arborismo e slide. Voltamos já noite alta para um dos momentos mais interessantes da viagem, observação das estrelas. Uma atividade recentemente oferecida pelo parque que foi giríssima.
(+) Ao longo do Rio Lima
(+) Soajo e Porta do Mezio (em breve)
Dia 4 – Ponte de Lima
Acordar nos Arcos, Hotel Ribeira Collection, foi maravilhoso, parece que ainda sinto aquela toalha a abraçar-me, foi por um triz que não a trouxe comigo para casa. Portanto o dia tinha tudo para correr bem. Saimos em direção a Ponte de Lima onde nos esperavam para um passeio a pé, de charrete e de barco pelo centro da vila. Três perspectivas diferentes da vila mais antiga de Portugal que mantem o seu edificado histórico bem conservado e uma proximidade maravilhosa ao Rio Lima.
Ao almoço subimos até ao Monte da Madalena onde desfrutamos de uma última refeição juntos, com vistas para o vale de cortar a respiração.
A tarde ainda nos permitiu fazer uma visita guiada (pelo próprio conde!) ao Paço de Calheiros, um dos muitos Solares da região agora transformados em Turismo de Habitação e voltar a descer ao ao rio, desta vez ao Clube Náutico, onde demos umas remadas de caiaque e conhecemos o nosso medalhado, Fernando Pimenta.
(+) Ao longo do Rio Lima
(+) Arcos de Valdevez e Sistelo
Depois de cruzarem Portugal de leste a oeste, pela Estrada Nacional 103, não posso deixar de sugerir que subam um pouco no litoral do Alto-Minho e conheçam a mais bela das regiões, a minha. Neste post,
têm um cheirinho do que podem visitar e descobrir por cá. Espero que gostem!
Esta viagem foi realizada a convite do Turismo do Porto e Norte
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