Após longos meses de confinamento geral, depois de mais um Inverno de pandemia, o primeiro fim-de-semana de Maio trouxe a primeira escapadinha do ano. Não sei se foi só a imensa vontade de sair de casa que contribuiu, mas a escolha do destino foi perfeita. Rumamos à Serra da Estrela, já vestida com as cores da Primavera, e vim de lá encantanda com as paisagens, os passeios e a comida. Fica aqui um pequeno roteiro para fugirem ao óbvio e saberem o que fazer na serra da estrela sem neve, o pico mais alto de Portugal continental.
Subir à Torre
É o clássico dos clássicos, para chegarem ao topo de Portugal continental têm de passar por aqui. Se o dia estiver limpo a paisagem é impressionante e de 360 graus. As cúpulas douradas da estação meteorilógica – apesar de edifícios bem degradados, dão o toque que falta e a imagem de marca da região. O percurso para lá chegar vale a pena, percebem bem a altitude que estamos a atingir e permite passar pelas estações de esqui, fechadas nesta época do ano.
Mesmo em Maio, e com o tempo bastante agradável a não requerer casacos, encontramos meia dúzia de metros quadrados de neve.




Fazer o trilho do Covão dos Conchos
Esta foi provavelmente a razão principal da viagem. Há imenso tempo que tinha vontade de ver com os meus próprios olhos o famoso “buraco” no meio da Serra – o Covão dos Conchos. Esta construção artificial que canaliza a água da Serra até à Lagoa Comprida pupula pelos instagrams de viagem e aguçou a minha curiosidade.
É uma imagem peculiar e valeram a pena os quilómetros percorridos (a pé, a única opção para lá chegar).
O Trilho do covão dos Conchos começa na Lagoa comprida e não perfaz sequer cinco quilómetros, é tranquilo em termos de desníveis e esforço físico mas leva o seu tempo e obriga a calçado apropriado – o piso é bastante irregular. A paisagem pelo caminho requer imensas paragens para tirar várias chapas de cartão-postal.
O plano perfeito foi fazer a caminhada de ida ao fim da manhã, parar para um picnic improvisado com vista para o Covão e regresso no fim de almoço.
Com todas as paragens incluídas contem com 1h30 de caminhada para cada lado. O trilho é fácil de seguir. Começa atrás das lojinhas de souvenirs da Lagoa Comprida, e na única bifurcação do percurso (mais ou menos a meio caminho) têm de seguir à esquerda. Não tem o que enganar.




Percorrer o glaciar do Zêzere
A estrada que liga a zona mais alta da Serra, na Torre, até Manteigas, parece tirada de uma pintura. Há muitos anos que não visitava a Serra da Estrela e não tinha já ideia nenhuma de quão bonita era a região. Foi uma surpresa imensa da qual só poderão tirar partido sem neve. As cores da Primavera compõem o quadro perfeito do vale do antigo glaciar do Zêzere, e não podem mesmo perder este percurso.
Sugiro que comecem no sentido Torre – Manteigas para que o fator uau seja ainda mais intenso. As fotografias não fazem jus ao que a retina enxerga.

Visitar o Poço do Inferno
Vão ler pela internet fora que é a cascata mais bonita da Serra da Estrela. Não posso fazer comparações porque foi a única que visitei. Mas confesso que esperava algo um pouco mais imponente. A zona é agradável, tem uns passadiços que vos permitem aproximar da queda de água e há um trilho – que não fiz – que começa ali. O desvio não é grande, vão espreitar e façam o vosso próprio juízo.


Visitar Seia, Sabugueiro e Manteigas
Provavelmente três das mais conhecidas aldeias da Serra da Estrela, e ótimas opções de passeio para fazer sem neve. Seia merece uma visita ao Museu do Pão – coloquem na lista, ainda me estou a babar com as torradas que fiz da bola que lá comprei -. Sabugueiro tem o epíteto de aldeia mais elevada de Portugal. E a mancha branca de Manteigas, vista da Serra também vale a visita e o passeio. Não são uma mão cheia de monumentos históricos, mas fazem parte do roteiro clássico.


Onde ficar alojado?
Durante os dias que passei na Serra, fiquei alojada nas Casas da Lapa, na aldeia de Lapa dos Dinheiros, perto de Seia.
O alojamento – perdido no meio de nenhures – conta com menos de 20 quartos e suites e é uma boa opção para descansar. Os quartos são agradáveis, confortáveis, com uma decoração moderna e inspirada nas tradições locais, com as lãs da serra em destaque.
O alojamento conta com duas piscina exteriores e uma interior (que não consegui usar por sobrelotação covid19) e áreas comuns, como uma biblioteca, sossegadas e tranquilas.
Ponto positivo para o incrível pequeno almoço servido todas as manhãs!
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O meu roteiro
Este foi o meu roteiro de viagem. Permite visitar todos os imperdíveis referidos no post num só dia. Se tiverem dois dias sugiro que viajem com mais tempo, dividam entre norte e sul e aproveitem para descansar e relaxar um pouco mais, com as paisagens maravilhosas da serra.
Outras escapadinhas de Natureza em Portugal
(+) Ribeira de Pena | Parque Natural do Alvão
(+) Sistelo e Arcos de Valdevez
(+) Rio de Onor | Parque de Montesinho
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