Este post custou a sair. Já vos falei de quase tudo o que visitei no Japão, em Agosto de 2018, mas Tóquio foi sempre ficando para trás. Não é uma cidade fácil. É enorme e demasiado heterogénea. Cada bairro parece uma pequena cidade e praticamente nada walking distance de coisa nenhuma. Foi um desafio montar um roteiro para os dias que passamos por lá, mas acho que acabamos por conseguir cobrir as zonas mais icónicas da cidade.
Ficam aqui as minhas sugestões.
1. Atravessar (e ver atravessar) a passadeira do cruzamento de Shibuya
Provavelmente a zebra crossing mais famosa do mundo. Quem nunca se deparou com uma imagem em que milhares de formiguinhas cruzam (sem se chorarem) em todas as direções?
Vale a pena encontrar um ponto um pouco mais alto num dos edifícios adjacentes e ficar algum tempo a ver o sinal mudar de vermelho para verde, para vermelho, para verde, … Já li imensas dicas de locais onde “ver” o cruzamento – mas não precisam inventar muito, da estação de metro de Shibuya têm boa visibilidade e não é preciso infringir nem entrar à socapa em nenhum local obscuro.
O emaranhado comercial nas imediações do cruzamento também vale a pena. Pelas compras, e pelo movimento/agitação das ruas.
2. Percorrer os jardins do Imperial Palace
É inacreditável o choque e o contraste entre alguns dos bairros mais famosos da cidade e esta região nos arredores do Palácio Imperial. O silêncio só é interrompido pelo chilrear de uns poucos pássaros e pela rara brisa que corre por entre os ramos das árvores. A proximidade à água também torna o local ideal para uma fuga ao rebuliço da cidade, principalmente num Verão quente e abafado, tal como aquele que passamos por lá. Não deixem de passar por lá, a uma curta caminhada da Estação Principal de Tóquio.
3. Perder horas numa beauty store
Uma das maiores expectativas que levava para a viagem 🙂 perder-me nas imensas lojas de produtos de beleza e encontrar mega-pechinchas e produtinhos que nem sonhava que existiam. Na foto podem ver um creme “branqueador” para o rosto, provavelmente um must have local já que as asiáticas odeiam ver a pele morena pelo sol. Não é o caso do padrão de beleza ocidental, mas mesmo assim um produto a ter em conta, hehe. Acho que perdi horas por lá a tentar ler e interpretar rótulos. E acabei com a mala cheia de coisas – espero voltar em breve, o meu stock de champô da Shiseido acabou!
(+) Compras em viagem – Japão
4. Visitar o louco bairro de Akihabara
Isto é a loucura japonesa. Até me faltam palavras para descrever os estímulos visuais e sonoros que nos cercam por aqui. Sejam as lojas de anime ou videojogos, as máquinas e o jogo ou as personagens surreais que deambulam de um lado para o outro.
Navegar por estas ruas é ir andando embasbacado ao virar de cada esquina. Hesitar entre rir ou deixar o queixo cair. Infelizmente apanhei um dia chuvoso por aqui, mas mesmo assim foi inacreditável. Não é permitido tirar fotos dentro da maioria das lojas de jogo, têm mesmo de lá ir e ver com os vossos próprios olhos.
5. Subir ao topo do City Hall
Há vários pontos de observação na cidade, e se deambularem um pouco sobre os blogues de viagem vão encontrar mais sugestões. Nós acabamos por nos decidir pelo City Hall por um único motivo, a subida é gratuita. Critério mais que válido. A vista vale muito a pena e a verdade é que a cidade é tão grande que não adianta escolherem o melhor local, o mais central, seja o que for, nunca terão uma vista da cidade completa. E esta, achei que valeu bem a pena.
6. Comer um ramen tradicional
Antes de ir ao Japão, pensar em comida japonesa era sinónimo de sushi. Acho que não era a única pouco esclarecida em relação a este tema, acusem-se desse lado também. Claro que sabia que existiam muitos outros pratos típicos no país, mas nunca pensei que a relação japonês-sushi da minha imaginação correspondesse na verdade à relação japonês-ramen.
Este sim é o prato universal e ao qual não vão poder escapar em terras do sol nascente. E ainda bem, porque vale muito a pena. Há ramen para todos os gostos e ao virar de cada esquina, seja em cadeias mais fast food, em restaurantes simples com pratos de “amostra” mumificados à porta ou num típico restaurante para não-turista. Vão comer ramen para todos os gostos e em vários momentos, mas não percam este conceito mais tradicional.
Experimentamos num pequeno restaurante perto do Parque Ueno (e que veem nas fotos abaixo). Com poucos metros quadrados e com dezenas de opções de ramen, quente ou frio, simples ou com side dish. Toda esta experiência é inesquecível. Para além do senhor que nos serviu e de mais uma pessoa na cozinha, entraram no restaurante alguns locais em paragem rápida para o almoço. Partilhamos com eles a única mesa/balcão do exíguo espaço e mesmo com todas as dificuldades de comunicação conseguimos desfrutar do melhor ramen da viagem.

7. Visitar o bairro de Harajuku – Rua Takeshita
Quase tão louco como Asakusa, mas mais comercial, e cheio de personagens. Literalmente. Deambular pela Rua Takeshita – o coracão de Harajuku, é ter a chance de ver um algodão doce rosa choque ambulante a caminhar na vossa direção, um pikachu (desculpem lá a ignorância da bonecada japonesa) ou um grupo de teenagers vestidas de navegantes da lua. Não é carnaval, não é halloween, é mesmo o dia-a-dia desta região da cidade – provavelmente a mais cool e descolada de Tóquio. Tudo o que vocês podem imaginar é demasiado mainstream até lá chegarem.
8. Visitar o templo de Senso-Ji em Asakusa
Não é exatamente o templo mais incrível do Japão, caso viagem pelo resto do país provavelmente podem passar esta visita. Mas não há assim tanto da história milenar oriental em Tóquio, pelo menos quando comparado com outra cidades, por isso que estiverem apenas na capital nipónica vale a pena passar por lá e ficar com um gostinho agradável do que são os templos e pagodes locais. A área é bastante turística e movimentada.
9. Perder-se (e voltar a achar-se) na rede de transportes da cidade
Não consigo bem imaginar o drama que poderia ser navegar por aqui numa época pré-google maps. Pelo menos para um ocidental incauto que não sabe ler japonês. Hoje em dia com as ajudas tecnológicas fica tudo bem mais fácil, mas mesmo assim garantir que nos iriamos sentir apenas um pouco perdidos (sem efetivamente nos desencontrarmos com pletamente) requer algum trabalho de casa. Mas também é isso que faz valer a pena a viagem. A rede de transportes públicos é uma loucura de tão complexa, há estações que levam fácil fácil milhões de pessoas por dia. Mil e uma opções – no final vai parecer que até nem é assim tão difícil. Desafio superado!
10. Ficar alojado “no centro” mas fora do circuito
A última (mas não menos importante) dica sobre sobre Tóquio, alojamento. Foi uma escolha muito difícil. A cidade é imensa, não tem uma única zona a que poderemos chamar de central, e apresenta alguns preços verdadeiramente assustadores. No final acho que tomei a melhor decisão possível na escolha do alojamento. Ficamos no bairro de Akasaka.
Apesar de estar bem situado no centro da mancha metropolitana de Tóquio, não tem a uma caminhada amigável nenhum dos locais mais embelemáticos da cidade, o que faz baixar consideravelmente o preço do alojamento. No entanto está muito bem servido de transportes públicos e a poucas estações de metro de Shibuya ou da Estação Principal. Para além disso achei uma ótima opção o espírito do bairro envolvente, menos turístico e mais local, com imensas opções de comercio e restauração, saimos a pé para jantar todas as noites e o bairro era tranquilo e com bastante oferta. O hotel escolhido, Monterey Akasaka foi um 4**** (provavelmente apenas 3*** para os padrões europeus habituais) mas com boa relação qualidade/preço
(+) Hotel Monterey Akasaka
Outros posts sobre o Japão:
(+) Hábitos, costumes e loucuras, guia de introdução ao Japão!
(+) O que ver e fazer em Quioto
(+) Nara | Bate-volta a partir de Quioto ou Osaka
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