Campo de concentração de Dachau.

O mundo tende a cometer ciclicamente os meus erros, século após século, e eu estou convencida que o principal motivo é a distância, o esquecimento e o desconhecimento das novas gerações em relação ao passado. Mas se noutros tempos a ignorância era de alguma forma compreensível, no mundo global em que vivemos – principalmente nas nossas sociedades ocidentais – não há desculpas para a falta de educação histórica e política.
Na semana em que o novo Presidente dos EUA volta a chamar os muçulmanos de inimigo nº 1 da América e a incentivar a tortura como forma de interrogatório de prisioneiros, trago até vós um post sobre a visita que fiz ao campo de concentração de Dachau, nos arredores de Munique.
Acho que o esforço não precisa ser muito para perceberem as semelhanças, e temer que o caminho que começamos a trilhar pode voltar a acabar de forma terrível.
Há muita gente que não concorda com a transformação dos campos de concentração, ou outros locais com passados terríveis, em locais de visita turística. Eu penso que é cada vez mais importante visitá-los, levar até lá os nossos miúdos e dar-lhes a conhecer o passado, para que não estejamos – mais uma vez – condenados a repeti-lo.

Dachau foi o primeiro campo de concentração da Alemanha nazi. Construído em 1033 numa antiga fábrica de pólvora serviu de modelo à construção de dezenas de outros campos espalhados por todo o território de expansão nazi. Não há número exactos mas pensa-se chegou a ter cerca de 200 mil prisioneiros e há mais de 30 mil mortes documentadas.
Foi libertado a 29 de Abril de 1945 pelas tropas americanas.
Hoje é possível visitar toda a área exterior do campo de concentração, uma exposição permanente sobre as condições de vida no campo e de homenagem às suas vítimas e as câmaras de cremação e de gás. Há ainda uma réplica dos alojamentos em que os prisioneiros eram mantidos, já que os edifícios originais eram em madeira e foram destruídos pelos responsáveis pelo campo, antes da sua libertação.

Como chegar?
Dachau fica a menos de 20 km de Munique. Nós viajávamos pela região de carro portanto chegamos lá facilmente com a ajuda do GPS. Se estiverem alojados em Munique podem fazer a visita inseridos num tour, há imensos publicitados pela cidade, certamente haverá alguma sugestão no vosso hotel, ou podem ir por conta própria. podem apanhar o comboio suburbano S-Bahn a partir da Hauptbahnhof até Dachau e de lá o autocarro número 726 até Saubachsiedlung.
A entrada é livre.

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2 Comments

  1. Tulipa Negra

    January 26, 2017 at 1:11 pm

    Se dessem mais atenção à História e relembrassem os acontecimentos desta magnitude poderia ser que não se cometessem sempre os mesmos erros.

  2. Sami

    January 26, 2017 at 2:39 pm

    Ainda me lembro de visitar Dachau ha cerca de uns 25 anos atras quando viviamos na Alemanha. Ao ler este post voltei a recordar a profunda tristeza que senti ao visitar este campo de concentracao!

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