Alsácia profunda, Riquewihr e Kaysersberg.

Numa das tardes que passamos por Colmar, decidimos fazer-nos à estrada para conhecer um pouco melhor a campagne e, claro está, uns mercadinhos de Natal mais pequenos.Pelo que percebi, existem transportes públicos nesta zona, mas não com frequências suficientes para ser recomendável para quem vai de passeio sem excesso de tempo disponível. As distâncias são curtas, as estradas óptimas e bem indicadas, por isso a melhor opção para explorar a região é mesmo de carro.

Visitamos duas pequenas terrinhas:
Kaysersberg, bem no meio da Rota dos Vinhos e rodeada de uvas por todos os lados, onde o Natal também marcava a época e aproveitamos para provar uma das especialidades da região, a tarte flambée – uma espécie de pizza fininha bem boa – acompanhada não pelo vinho da região, mas por uma biére que vai sempre bem com tudo.

Riquewihr, com a sua muralha medieval bem conservada, e uma animada rua principal totalmente no espírito natalício. Já só chegamos aqui sem luz do dia, mas iluminadas pelas luzinhas de Natal, a cidadezinha parecia realmente encantadora. Ao que consta durante o dia o colorido também vale muito a pena, aqui está uma boa razão para voltar.

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Natal em Colmar.

Colmar é a típica vila de contos de fadas que nos fez ir até à Alsácia, apesar de Estrasburgo ser a capital da região, sem dúvida que Colmar é o cartão-postal. As suas casinhas coloridas com barrotes de madeira e o curso de água que a atravessa (chamam-lhe mesmo La Petite Venice) dão um encanto à cidade que a torna atractiva todo o ano, especialmente na Primavera, quando fica repleta de flores e no Natal, em que todo o centro se veste a rigor e se enche com um gigante mercado de Natal. Achei o mercado de Natal de Colmar diferente de todos os outros que já tinha visitado, claro que havia barraquinhas nas ruas (principalmente nas pracinhas) onde se podia beber Vin Chaud, comer um crepe ou comprar decorações de Natal, mas o forte era mesmo o espírito da cidade, a decoração das lojas e o ar de satisfação das milhares de pessoas que andavam pelas ruas. Se ainda estão à procura de destino para os feriados que nos aguardam no próximo mês de Dezembro. Não pensem muito mais e embarquem até à Alsácia.

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O aeroporto mais internacional do centro da Europa – dicas.

Eu tinha prometido um post sobre o aeroporto de Basileia (ou Freiburg ou Mulhouse), a explicar tudo direitinho de como sai de lá e as diferentes opções. Não sei bem como, todas as fotos de plaquinhas a dizer Suiça/França/Alemanha, horários de autocarros e afins… desapareceram. Sobrou apenas esta, onde podem ver que o autocarro que vos leva até ao centro de Basileia, é o 50, para mesmo em frente à porta de saída do aeroporto, parte frequentemente e não tem o que enganar. É só tirar o bilhete na maquininha que também vêem na fotografia. A partir daqui vou ver em que é que a minha memória e o google me salvam, para tentar completar este post. Então vamos lá, o aeroporto está fisicamente situado em França, mas tem imigração Suiça e Alemã também. Como os três fazem parte do espaço Schengen, viajando de Portugal torna as coisas mais ou menos indiferentes, e dá para ‘sair’ por qualquer uma das opções. Apesar de bem pequeno, quando comparado com os grandes aeroportos europeus, este Europark para além da posição super privilegiada no centro da Europa tem óptimas ligações a tudo quanto é canto do continente e opera principalmente com companhias low cost. Está também bem servido de opções de serviços e à sua volta não faltam opções para preencher uma escala mais longa, se passarem por lá algum dia. Chegar a França: Existem autocarros que ligam às cidades mais próximas de Colmar e Estrasburgo. Para viajar de comboio a estação mais próxima (St. Louis) fica a cerca de 10 min de autocarro (linha 11) e daí há ligação para todo o país. Chegar à Alemanha:  Há também autocarros a ligar à cidade alemã mais próxima Freiburg. A companhia que opera todas estas linhas, tanto em França como na Alemanha é a Flixbus, podem consultar horários e outros detalhes aqui. Chegar à Suiça: Acho que é a opção mais fácil e prática. Como disse acima, a linha 50 liga à Bahnhof de Basileia e daí podem ir para qualquer lado. Foi esta a opção que usamos para ir visitar o Vitra Museum (já na Aleamanha, em Weil-em-Rhein), e foi daqui que saímos mais tarde para Colmar. Apesar da estação de Saint Louis em França ser ais próxima é também mais secundária, ou seja, vir até Basileia compensa pelo facto de haver mais opção de comboios mais rápidos e directos. Os horários dos comboios (e demais informações) a partir de Basileia podem ser consultados aqui, e a estação principal é Basel SBB.

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Mercados de Natal no centro da Europa, o Roteiro!

Esta viagem começou a ser planeada em volta de um objectivo, o mercado de Natal de Colmar, em França. É um dos mais conhecidos da região, pois abrange todo o centro duma das mais típicas pequenas cidades da Alsácia. Que mesmo fora da época natalícia já merece um visita pelo elevado nível de fofura. A partir daí foi optimizar ao máximo os quatro dias da ponte do 8 de Dezembro e voilá… 4 dias, 4 países, 7 cidadezinhas, e muitos mercados de Natal. Colmar não tem aeroporto, mas há vários nas imediações que podem ser usados para chegar/partir da região. O mais óbvio será talvez Estrasburgo, a capital da Alsácia, mas há vários outros, Basileia, Estugarda, Karlsruhe… É uma questão de perder tempo a pesquisar preços e horários. A opção que melhor optimizou a nossa viagem foi chegar a Basileia e regressar do Luxemburgo, e em torno disso e sempre com base em Colmar o roteiro da viagem ficou assim: Dia 1: Voo até Basileia, visita a Basileia (Suiça) e ao Vitra Museum em Weil am Rhein (Alemanha), comboio até Colmar. Dia 2: Colmar, Kaysersberg e Riquewihr (França). Dia 3: Passeio de 1 dia a Estrasburgo (França), de comboio. Dia 4: Comboio de Colmar até à cidade do Luxemburgo, dia inteiro por lá, voo de regresso a partir do Luxemburgo. O aeroporto de Basileia apesar de pequeno é o mais internacional de sempre, apesar de estar em território Francês, tem fronteira/alfândega de três países diferentes (francesa, suiça e alemã) e terá post próprio junto com as instruções de como se locomoverem por lá, entre as três fronteiras que não existem (hello Schengen!). O comboio entre Basileia e Colmar, bem como a viagem de ida e volta a Estrasburgo foram compradas directamente na estação no próprio dia (apesar de poderem ser compradas com antecedência), já comboios mais regionais com imensas opções de horários e comprar na hora permite mais liberdade de movimentos e horários. Os arredores de Colmar foram explorados de carro, existem transportes públicos na região, mas a não ser que tenham um mês para explorar tudo com tempo, o carro será mesmo a opção. A viagem do último dia entre Colmar e o Luxemburgo foi comprada com bastante antecedência no site da Sncf, a CP lá do sítio. Os preços já são mais puxadinhos, e acabamos por pagar quase 50 euros por uma viagem de 3h30 com troca de comboio em Estrasburgo e em Metz. Nos próximos dias virão os detalhes de cada passeio e muitas fotografias de Natal, eu sei que estamos no Verão e não parece muito a propósito… Mas é a altura ideal para programarem os feriados de Dezembro deste ano, e aproveitem que voltamos a ter dois! (+) Mercado de Natal de Colmar  (+) Mercado de Natal de Riquewihr e Kaysersberg (+) Roteiro de 1 dia em Estrasburgo (+) Roteiro de 1 dia no Luxemburgo (+) Natal em Basileia

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Bayonne.

No último dia da viagem a Lourdes, já no regresso a casa, paramos em Bayonne. A relação com a água, fica na confluência dos rios Nive e Adour e próxima da famosa praia francesa de Biarritz, e as características peculiares da arquitetura do seu centro histórico fazem a visita, por mais rápida que seja, valer bastante a pena. Houve tempo apenas para um passeio de reconhecimento, junto à catedral, ao mercado e nas margens do rio. Espero que as fotos vos abram o apetite para lá ir um dia também.

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Grôttes de Bétharram.

As grutas de Bétharram são uma das atracções mais importantes nas imediações de Lourdes, não há hotel ou posto de turismo que não sugira um passeio até lá e se disponha a vender uns bilhetes. E pronto, assim sendo lá fomos nós também.  As grutas foram descoberta em 1810 e foram as primeiras abertas ao público desde 1880. Formadas pela água subterrânea, este conjunto de grutas tem 5 andares distintos e três deles, numa extensão de 2,8 km podem ser visitados, a pé de barco e finalmente de comboio. Num passeio que permite ver as formações calcárias, as grutas escondidas e as amplas salas, os rios subterrâneos, os tectos esponjosos e muito mais. As visitas são guiadas em diversas línguas, e apesar de não ser coisa que me fascine especialmente, gostei do passeio. Se estiverem na região podem dar por lá uma voltinha. As fotos não saíram lá grande coisa, mas compreendam que a luz era do pior que pode haver.

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Tarbes.

A cerca de meia hora de Lourdes fica a simpática cidade de Tarbes. Sem grandes atrativos históricos ou turísticos, a segunda cidade da região dos Pirinéus (depois de Toulouse) pode proporcionar uma tarde agradável de passeio pelos seus parques e ruas comerciais ou umas horas de esplanada numa das suas praças.  Foi o que fizemos por lá. E ainda voltei para casa com um par de sapatos novos!

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Pau.

Durante os dias passados em Lourdes, nos Pirinéus franceses, deu para aproveitar e dar umas voltinhas pelas redondezas, cidades não muito conhecidas, sem grandes atrativos turísticos, mas bastante interessantes, bem cuidadas e com segredos bem escondidos. Como foi o caso da cidade de Pau e do seu castelo, local de nascimento do rei Henri IV. Henri IV foi avô do famoso rei Louis XIV, e nasceu em Pau em 1553, na altura a capital do Reino de Navarra, do qual era o herdeiro e sem pretensões ao trono francês. No entanto a morte dos descendentes reais colocou-o na linha de sucessão e tornou-se em 1572 o primeiro rei francês da dinastia Bourbon. O castelo de Pau foi construído na idade média e serviu de base à corte de Navarra (Pau era a capital do Reino) durante o século XVI. Foi mais tarde usada como residência de férias por Napoleão e é classificado como monumento histórico desde 1840. Existem visitas guiadas ao interior do palácio, que duram cerca de 1h. Fica no centro da cidade, pelo que facilmente podem conjugar a visita com um passeio pelas ruas mais antigas da cidade. Podem passar por lá um agradável meio dia de viagem.

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Lourdes – Há vida para além do Santuário?

Sim, por incrível que pareça, há.Para começar cidade de Lourdes fica num vale incrível, rodeada pelos Pirinéus por todos os lados, o que por si só já dá uma paisagem fantástica. Para além disso ainda é atravessada por um riozinho bem simpático, tem um castelo empoleirado numa colina bem no centro da cidade e toda ela se integra bem com a natureza circundante. Mesmo o local do Santuário não se parece em nada com a cidade de betão que temos na imagem quando pensamos, por exemplo, em Fátima.Gostei de passear pela cidade e a vista do castelo vale muito a pena (há um elevador que vos leva até lá cima, nada temam, que subir aquilo a pé só mesmo para quem lá vai em penitência).Deixo-vos com as imagens.

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Lourdes – “Albufeira do Vaticano”

Em Junho passado acabei por passar quatro dias na zona dos Pirinéus Franceses, como base em Lourdes, e dei umas voltinhas por ali. Hoje começo o relato desses dias com o Santuário de Lourdes e todo o negócio que gira em seu redor. Aquilo é digno de ser visto, estão a imaginar Albufeira numa noite de Agosto? Pois, é mais ou menos isso só que 50% das lojas vende santinho, garrafas de água e terços. A cidade de Lourdes só está ‘operacional’ entre os meses de Abril a Outubro, durante o Inverno o tempo para aquelas bandas é para lá de péssimo e fecha tudo. Mas para compensar no Verão recebe cerca de 5 milhões de visitantes só perdendo para a capital, Paris. O Santuário está construído à volta da gruta onde a crença cristã diz que em 1858 Nossa Senhora apareceu a uma menina, Bernardette. Hoje é local de peregrinação, e a uma procissão de velas realiza-se todas as noites às 21h (infelizmente não consegui assistir a nenhuma, devia dar umas fotos incríveis!) durante a época de funcionamento do Santuário.

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